O vice-presidente da Câmara André Vargas (PT-PR), em conversa com este blogueiro, afirmou que está sendo vítima de “fogo amigo” no caso da relação com o empresário Alberto Youssef, investigado pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. Nesta quarta-feira (2), o petista promete partir para a ofensiva na tribuna contra aqueles que tentam fritá-lo politicamente.
Vargas admitiu que tomou emprestado o avião de Youssef e diz não haver ilegalidade na relação. Conhecer alguém há 20 anos não é crime. Alberto Youssef é empresário de minha cidade. Dono do maior hotel da cidade”, explicou ontem em nota.
No “olho do furação” desde fevereiro quando ergueu o punho cerrado ao lado de Joaquim Barbosa, na abertura do ano legislativo no Congresso, em solidariedade aos condenados no mensalão, Vargas é nome certo PT para disputar o Senado. O petista tende a disputar a única vaga em jogo nas eleições de outubro com o senador queridinho da velha mídia àlvaro Dias (PSDB-PR).
Aliás, o próprio àlvaro já voou em um avião do empresário Alberto Youssef em 1998. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, edição de 4 de março de 2001, aeronave foi paga com recursos da Prefeitura de Maringá. A descoberta se deu em investigações na gestão do prefeito Jairo Gianoto (sem partido, ex-PSDB), entre 1997 e 2000.
O vice-presidente da Câmara quer provar hoje que está sendo vítima de uma armação política, pois, segundo ele, as mensagens divulgadas pela Polícia Federal “são seletivas” para induzir os mais desavisados à sensação de que cometeu algo errado. “Posso ter sido imprudente, mas não cometi ilegalidade”, jura Vargas.