O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) teria recebido R$ 2 milhões em dinheiro vivo da Odebrecht como forma de pagamento de propina em 2010.
O tucano delatado à Lava Jato tem codinome de “Santo” nas planilhas da empreiteira, que, conforme relato de executivos, recebia os repasses em espécie via o empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin.
Com o dinheiro da propina, segundo a Folha, Alckmin derrotou na eleição de 2010 o então senador Aloisio Mercadante (PT) já no primeiro turno com 50,63% dos votos válidos.
De acordo com a delação premiada da Odebrecht, o propinoduto também funcionou na reeleição do tucano em 2014. Alckmin foi reconduzido ao cargo com 57% dos votos válidos, também no primeiro turno.
Para aliviar a barra de Geraldo Alckmin, o jornalão dos Frias batizou as propinas delatadas como “caixa dois”. Se a delação fosse contra um petista, por óbvio, a Folha cravaria ser “propina”. Ou seja, a seletividade da mídia tem um caráter ideológico e de classe.
Ao poupar tinha na descrição do propinoduto tucano a Folha comprova o ditado popular segundo o qual “corvo não come corvo”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Comments are closed.