Zuckerberg revela reformulação do antigo Facebook em meio à mudança para o metaverso

“Mova-se rápido”, “construa coisas incríveis” e “viva no futuro” estavam entre os novos valores internos da Meta apresentados por Mark Zuckerberg na terça-feira, enquanto a empresa lida com dores crescentes em seu pivô em direção à realidade virtual e ao “metaverso”.

Falando em uma reunião geral na terça-feira, o CEO revelou uma série de novos slogans e mudanças internas na marca da empresa, anteriormente chamada de Facebook.

Em um post compartilhado em sua própria página no Facebook, Zuckerberg disse que a Meta agora é “uma empresa metaversa, construindo o futuro da conexão social” em vez de ser principalmente uma empresa de mídia social. A empresa também passa a chamar seus funcionários de “metamates”, o que, segundo um executivo, é uma referência ao slogan naval “ship, shipmate, self”.

Após a recente mudança de nome, Zuckerberg disse que queria recalibrar as políticas e valores da empresa – que não eram atualizados desde 2007.

– ‘Foco no impacto de longo prazo’ enfatiza o pensamento de longo prazo e nos encoraja a estender o cronograma para o impacto que temos, em vez de otimizar para vitórias de curto prazo – escreveu ele em seu post.

– Devemos enfrentar os desafios que serão mais impactantes, mesmo que os resultados completos não sejam vistos por anos – completou CEO da empresa Meta, que anteriormente era chamada Facebook.

Economia

A reunião ocorre quando os funcionários enfrentam a rápida mudança da empresa para longe do negócio de mídia social que passou décadas construindo. Os engenheiros do Instagram e do Facebook foram incentivados a se candidatar a empregos nos departamentos de metaverso e realidade artificial da empresa, e a Meta contratou milhares de novos trabalhadores de empresas rivais como a Apple.

Os funcionários não são os únicos assustados com as mudanças: os investidores também parecem cautelosos. As ações da Meta tiveram uma queda histórica após seu mais recente relatório de lucros, levando a empresa a perder mais de US$ 230 bilhões em valor de mercado.

Mas Zuckerberg parece permanecer firme em sua crença de que o metaverso é um empreendimento digno e já investiu US$ 10 bilhões no projeto. Em uma recente teleconferência de resultados, ele assegurou aos investidores:

– Estou satisfeito com o impulso e o progresso que fizemos até agora e estou confiante de que esses são os investimentos certos para nos concentrarmos no futuro.

A Meta não apenas mudou as regras internas, mas também a marca externa. A empresa disse na terça-feira que renomeou o News Feed – um de seus produtos mais conhecidos – mudando o nome para simplesmente “Feed”.

Também anunciou na terça-feira que adquiriu oficialmente a Kustomer, uma plataforma de gerenciamento de atendimento ao cliente (a aquisição estava em andamento desde que foi anunciada em novembro de 2020).

A enxurrada de rebrands na terça-feira ocorre depois que a Meta resolveu uma de suas muitas controvérsias nesta semana – uma ação coletiva de uma década sobre o uso de “cookies” pela empresa em 2010 e 2011, que rastreou pessoas online mesmo depois que elas desconectaram da plataforma do Facebook.

Como parte do acordo proposto, que ainda deve ser aprovado por um juiz, a Meta concordou em excluir todos os dados que “coletou indevidamente” durante esse período. A empresa, que registrou lucros de US$ 39,37 bilhões em 2021, também pagará US$ 90 milhões aos usuários que entraram com uma reclamação, após a dedução dos honorários advocatícios.

– Chegar a um acordo neste caso, que tem mais de uma década, é do melhor interesse de nossa comunidade e de nossos acionistas e estamos felizes em superar essa questão – disse um porta-voz da Meta, Drew Pusateri, em comunicado na terça-feira.