Voo de galinha: Azul desiste do Paraná e de Ratinho Junior

Depois de ser usada como peça de propaganda pela reeleição do governador Ratinho Junior (PSD), a Azul anuncia que abandonou rota no Paraná por falta de passageiros e negócios.

Em dezembro de 2021, há um ano, nas vésperas das eleições, Ratinho e Azul Conecta – subsidiária regional da Azul Linhas Aéreas – faziam festa com o início de voos regulares entre cidades do interior do estado e Curitiba.

Segundo o governador do estado, na época, o programa “Voe Paraná” consistiria na redução da alíquota de ICMS de 18% para até 7% sobre o querosene de aviação – além na readequação de aeroportos regionais.

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O combustível de aviação representa cerca de 30% dos custos da operação e isso, de acordo com Ratinho Junior, seria fundamental para baratear o preço das passagens aéreas.

As operações foram iniciadas em 24 de janeiro de 2022 nos aeroportos de Cianorte, Telemaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio e União da Vitória contarão com voos diretos e regulares para a capital.

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No entanto, no apagar das luzes de 2022, após as eleições, a Azul desistiu do Paraná de forma melancólica. A companhia de aviação alegou “baixo índice de ocupação de passageiros” – apesar dos incentivos com renúncia fiscal.

O voo de galinha do programa “Voe Paraná” denuncia a falta de planejamento, de negócios e a crise econômica no estado – diferente da propaganda do Palácio Iguaçu.

Não é à toa que o governador Ratinho Junior, na Assembleia Legislativa do Paraná, pede autorização para privatizar, vender e terceirizar ativos. É uma espécie de medida desesperada do mandatário em que ele vende o almoço para comprar a janta.

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