Na mais recente reviravolta no caso amplamente conhecido como “Vaza Jato”, a Justiça Federal do Distrito Federal emitiu nesta segunda-feira (21/8) uma decisão impactante condenando o hacker Walter Delgatti Neto a uma pena de 20 anos e um mês de prisão.
O episódio, que abalou as estruturas do país, foi marcado por Delgatti e sua participação central na invasão de dispositivos de autoridades da operação Lava Jato.
O hacker Walter Delgatti ficou notoriamente conhecido como um dos principais responsáveis pela invasão de dispositivos de autoridades envolvidas na operação Lava Jato.
Tal invasão ficou conhecida como “Vaza Jato”, onde documentos confidenciais e conversas privadas foram expostos, gerando ondas de choque dentro da sociedade brasileira.
O Ministério Público Federal (MPF) formalizou acusações contra Delgatti no âmbito da Operação Spoofing, apresentando uma série de evidências que apontaram sua participação direta nas atividades cibernéticas que resultaram na exposição massiva de informações sensíveis.
O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, substituto da 10ª Vara Criminal da Justiça Federal do DF, proferiu a sentença condenatória contra Delgatti.
O magistrado destacou a culpabilidade em grau exasperado do réu, considerando a natureza direcionada dos ataques cibernéticos.
Tais ataques foram voltados não apenas para agentes responsáveis pela persecução penal, mas também atingiram indivíduos de destaque social, conforme comprovado pelo conteúdo exportado das contas invadidas.
A investigação detalhada revelou que, ao todo, 126 vítimas foram afetadas pelo crime de interceptação indevida de comunicações telemáticas.
A abrangência dos ataques cibernéticos promovidos por Delgatti é impressionante, e o juiz destacou a ampla variedade de alvos atingidos, inclusive além do círculo da Lava Jato.
Uma revelação impactante durante o processo foi a tentativa de negociação do material obtido pelo hackeamento.
Delgatti chegou a oferecer o repasse do conteúdo sensível por uma quantia substancial.
Tal atitude revela uma intenção não apenas de expor injustiças, mas também de obter benefício financeiro.
Além da condenação de Delgatti, outros indivíduos envolvidos nas invasões cibernéticas foram julgados e sentenciados.
Gustavo Henrique Elias Santos, Thiago Eliezer Martins Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Luiz Henrique Molição também receberam suas respectivas penas.
O envolvimento desses cúmplices demonstra uma complexa rede criminosa que agiu em conjunto.
O magistrado Ricardo Leite concluiu que Delgatti exerceu uma posição de liderança dentro de uma organização criminosa.
Essa constatação revela que as ações não foram meramente isoladas, mas parte de um esforço conjunto com objetivos definidos.
A Operação Spoofing teve início com o intuito de investigar a possível invasão do aparelho do então ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro.
Através do aplicativo Telegram, os ataques cibernéticos ocorreram, revelando informações sensíveis e comprometedoras.
Em meio à investigação, Walter Delgatti admitiu sua participação nas invasões, fornecendo detalhes importantes para o esclarecimento do caso.
A condenação de Walter Delgatti a 20 anos de prisão marca um capítulo crucial na história do caso “Vaza Jato”, que, em 2019, embasaram a anulação das sentenças de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As mensagens sensíveis, a que se refere o juiz do DF, diz respeito à invasão do aplicativo Telegram do ex-procurador Deltan Dallagnol e do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR).
Muitos acreditam que Delgatti merece um indulto por ter revelado a face sombria da Lava Jato, em Curitiba, que perseguia adversários políticos e ideológicos de seus integrantes.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Este Tribunal de Brasilia é BOLSONARISTA, não é a primeira vez que eles tentam proteger os malfeitores da democracia brasileira, emitindo ordens de prisão aos que os acusam de CRIMES. Já está na hora do STF colocar freios neles. Aliás eu não entendo porque em Brasilía, tem governo distrital, tribunal distrital, polícia militar distrital, se Brasília até onde eu me entendo por gente é um DISTRITO FEDERAL, que seria uma governança federal. Portanto acho que está prisão é arbitrária, não em vista de uma defesa de um criminoso, mas, neste momento ele é de extrema importância para o desenrolar das ações criminosas do inelegível. Parece uma ação de intimidação e nada mais.