UGT-PR lança vídeo e faz Enedina “abraçar” Messias Obama no 20 de Novembro

O sindicalista Messias da Silva, conhecido como Messias Obama, vive um encontro simbólico e carregado de afeto no novo vídeo da UGT-PR, publicado no Dia da Consciência Negra. A peça termina com a estátua de Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil, abraçando o dirigente sindical em uma cena que já nasce icônica.

O vídeo foi divulgado pelo perfil oficial da central e pelo dirigente Manassés Oliveira, reforçando a mensagem de valorização da história negra no Paraná, das lutas por igualdade e do papel decisivo de líderes que abriram caminhos onde antes havia portas fechadas.

O Dirigente de Igualdade Racial da UGT-PR, Messias Obama, narra o diálogo imaginário com Enedina enquanto percorre a memória de gerações que expandiram a presença negra no ensino superior, no sindicalismo e nas instituições públicas. Ele lembra que negros e pardos superam 50% nas universidades e já ocupam um terço dos cargos de engenharia no país, números construídos, segundo ele, “com séculos de resistência”.

A fala recupera personagens que construíram a história do Paraná, como os irmãos Rebouças, responsáveis pelo traçado da Ferrovia Curitiba–Paranaguá, e líderes que seguiram seus passos, entre elas Zanetti, primeiro presidente negro do Sindicato dos Bancários de Curitiba, e o atual dirigente Manassés, apontado como referência do movimento sindical.

Em microparágrafos, o roteiro destaca também mulheres negras que se tornaram pilares da vida pública, como Mari Teixeira, secretária municipal da Mulher e Igualdade Racial, e a jurista Maria Merce Aniceto, que se aposentou após 45 anos de magistratura. O texto cita ainda a ascensão de dois desembargadores negros, irmãos, como marco raro na Justiça brasileira.

A produção encerra com o agradecimento emocionado de Messias Obama a Enedina, reconhecendo sua trajetória como caminho aberto para que novas gerações pudessem estudar, trabalhar, ocupar espaços de poder e manter viva a luta por igualdade. O abraço final, construído digitalmente, simboliza esse elo intergeracional e sintetiza a mensagem da UGT-PR: orgulho, memória e resistência.

A peça se soma ao conjunto de homenagens prestadas a Enedina, cuja história permanece central para a engenharia, para o feminismo negro e para o enfrentamento ao racismo estrutural no Paraná e no Brasil.

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