O presidente Lula visitou neste sabado (21/1) terras Yanomamis e declarou Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território. Durante a visita, Lula afirmou que os indígenas “serão tratados como gente de primeira classe” pelo novo governo, e que enviará médicos para cuidar do povo indígena.
Lula também expressou sua preocupação com o tratamento desumano dos Yanomamis e prometeu melhorar a vida deles. O presidente estava acompanhado de membros do primeiro escalão do governo federal, incluindo ministros da Justiça, Saúde e Povos Indígenas.
Emergência na saúde
O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em terras Yanomamis, após técnicos encontrarem oito crianças em estado grave de desnutrição e malária. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União e a situação levou o presidente Lula e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a viajarem para Roraima para verificar in loco a situação.
Os técnicos do Ministério da Saúde têm feito atendimentos na região desde a segunda-feira e encaminharam as crianças para tratamento de saúde em Boa Vista.
Comitiva humanitária de Lula
Pelo menos três pessoas do primeiro escalão do governo federal, incluindo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; e a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, integram a comitiva do presidente Lula que viaja a Roraima para oferecer suporte do governo federal às crianças Yanomamis encontradas em estado grave de desnutrição e malária.
O objetivo da viagem é avaliar a situação e tomar medidas para melhorar as condições de vida da população indígena.
Lula promete médicos para indígenas
Na visita de hoje, o presidente Lula prometeu acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas e fornecer atendimento médico para a comunidade.
A visita ocorreu após técnicos do Ministério da Saúde resgatarem oito crianças Yanomamis desnutridas e com diversas doenças na região.
O presidente também criticou a gestão do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), pela falta de atenção às demandas indígenas.
570 crianças Yanomamis morreram de fome
Para ajudar na crise humanitária e sanitária na terra indígena Yanomami, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, revelou que pelo menos 570 crianças yanomamis morreram devido a desnutrição nos últimos quatro anos, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Guajajara expressou sua tristeza pelas mortes nas redes sociais.
Desnutrição severa
Técnicos do Ministério da Saúde (MS) estão atuando na comunidade indígena Yanomami para resgatar crianças que apresentam quadros graves de desnutrição e malária. Até agora, já foram resgatadas oito crianças, incluindo um recém-nascido, que foram encaminhadas para tratamento na capital Boa Vista (RR). A equipe do MS tem atuado na região desde 16 de janeiro.
O presidente Lula visitou o estado para acompanhar a situação e oferecer o suporte do governo federal. Ele estará acompanhado de vários ministros para tratar das questões relacionadas à desnutrição de crianças indígenas Yanomami.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.