Trump intensifica pressão militar contra Maduro na Venezuela

O governo Donald Trump elevou a tensão na região ao enviar o porta-aviões USS Gerald R. Ford para o Caribe e classificar o Cartel de Los Soles, grupo associado ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, como organização terrorista. A movimentação militar e diplomática pressiona Caracas e acende alerta em toda a América Latina, inclusive no Brasil.

A Casa Branca confirmou que a frota americana no entorno da Venezuela já soma 15 mil soldados e marinheiros, a maior presença em décadas. O porta-aviões, o mais avançado da Marinha dos EUA, opera com caças e destróieres capazes de realizar ataques navais e, segundo analistas, projeta capacidade de ação direta em território venezuelano.

Trump sinalizou que “pode conversar com Maduro”, mas, ao mesmo tempo, ampliou o cerco militar e autorizou novas ofensivas contra embarcações que Washington diz estar ligadas ao narcotráfico. São 21 ataques desde setembro, com ao menos 83 mortos. Juristas internacionais contestam a legalidade da operação e afirmam que faltam provas de que os alvos transportavam drogas.

O Pentágono também anunciou que três pessoas morreram no último bombardeio no Pacífico Leste, acompanhado de um vídeo divulgado pelo Comando Sul. A postagem afirma que o barco pertencia a uma “organização terrorista”, mas não apresenta evidências.

No campo político, o secretário de Estado Marco Rubio classificou o Cartel de Los Soles como organização terrorista estrangeira. Segundo Rubio, o grupo seria chefiado por Maduro e por figuras de alto escalão do governo venezuelano. O presidente nega as acusações, que remontam a uma denúncia federal de 2020 nos EUA.

A escalada reforça o clima de confrontação. Governos latino-americanos temem que os movimentos dos EUA desestabilizem ainda mais a região, já pressionada por cenários políticos delicados no Cone Sul e pelas incertezas econômicas geradas pela guerra comercial entre Washington e China.

O Blog do Esmael vai continuar acompanhando a escalada entre Trump e Maduro, pois qualquer faísca no Caribe respinga diretamente na diplomacia brasileira, especialmente na relação do Itamaraty com Caracas e na gestão de fronteiras em Roraima.

Continue acompanhando os bastidores da política e do poder pelo Blog do Esmael.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *