TRAGÉDIA ANUNCIADA: Moradores em ocupação de Curitiba temem despejo com violência da PM

Comunidade Tiradentes II teme despejo com violência da PM após audiência judicial

Nesta sexta-feira, dia dia 19 de maio, moradores da comunidade Tiradentes II, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, enfrentarão uma audiência de conciliação com o Aterro Sanitário da Essencis. O objetivo dessa audiência é buscar uma solução para a ação judicial de despejo movida pelo Aterro contra a comunidade, evitando assim a utilização de força policial. A Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná convocou essa audiência, que será realizada no barracão comunitário da Tiradentes II.

Abaixo, assista um vídeo para entender a situação daquela região esquecida por Deus e pelos governos na capital paranaense.

A comunidade Tiradentes II é composta por cerca de 70 famílias de baixa renda, incluindo imigrantes haitianos e venezuelanos, que foram afetados pela crise econômica e pelo aumento dos custos habitacionais, especialmente durante e após a pandemia de covid-19. O Movimento Popular por Moradia (MPM) organizou essa comunidade em setembro de 2021, visando garantir o direito à moradia digna para essas famílias.

Enquanto muitos curitibanos desconhecem a existência do Aterro Sanitário da Essencis, esse local recebe uma grande quantidade de resíduos industriais produzidos em Curitiba e na Região Metropolitana, além de uma parcela do lixo doméstico. No entanto, é importante destacar que não se trata de um processo de reciclagem, mas sim do simples aterramento desses resíduos.

Surpreendentemente, o Aterro está localizado próximo a milhares de residências em diferentes vilas, a apenas 300 metros da Casa de Custódia de Curitiba, em frente a uma Estação de Tratamento de Água da Sanepar e a poucos metros da APA do Passaúna. Apesar disso, não há previsão para o encerramento das atividades do Aterro.

A situação se agrava com a ação movida pelo Aterro Sanitário da Essencis visando a reintegração de posse da comunidade Tiradentes II. As famílias que vivem nessa ocupação não possuem alternativas habitacionais e estão enfrentando um futuro incerto. Diante desse contexto, elas estão dispostas a resistir ao despejo, mesmo que isso signifique confronto físico.

Economia

A expectativa em relação à audiência de conciliação marcada para esta sexta-feira é grande, pois é uma oportunidade de garantir o direito à moradia digna e evitar um despejo violento.

É fundamental que a sociedade acompanhe de perto essa situação, pois estamos diante de uma tragédia anunciada. O Blog do Esmael estará atento a todas as informações relacionadas a essa audiência e seus desdobramentos. Para saber mais sobre esse caso e se manter informado, fique ligado no Blog do Esmael e acompanhe nossas atualizações.

VIDEO: O lixo, o povo e a luta: impactos do aterro da Essencis em Curitiba

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Uma resposta para “TRAGÉDIA ANUNCIADA: Moradores em ocupação de Curitiba temem despejo com violência da PM”

  1. Primeiro que não deveria haver um aterro sanitário nesta região, até porque a empresa faz recolhimento de lixo hospitalar. Outra situação em que MP PR, fez um parecer que ao se desalojar pessoas do local onde estão, e pelo visto, um lugar insalubre devido ao aterro irregular no meu ponto de vista, deverá ser dado a elas outro local ou alojamentos. Se forem retiradas que a PMPR tenha consciência que são pessoas que estão lá. E com relação ao aterro, que seja revisado a situação do mesmo no local, já que a empresa presta serviços de coleta hospitalar.

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