Threads, nova redes social do Instragram, promete desbancar o Twitter a partir de amanhã

A funcionalidade de “Threads”, que em português significa “Tópicos”, entrou em contagem regressiva para ser lançada oficialmente a partir desta quinta-feira (6/7). A novidade é relatada como mais uma evolução das redes sociais, porém, há controvérsias.

O Instagram está por trás do lançamento do aplicativo Threads (https://www.threads.net/) com a expectativa de se tornar um concorrente do Twitter. O Blog do Esmael havia registrado esse projeto de Mark Zuckerberg, dono da Meta/Facebook, no mês de março passado. No entanto, após uma breve incursão na interface web do aplicativo, é difícil não se sentir decepcionado com o que foi apresentado – segundo vários relatos.

Os usuários/consumidores esperavam uma experiência inovadora e cativante, mas se depararam com funcionalidades limitadas e uma abordagem direcionada principalmente para dispositivos móveis.

Embora o lançamento oficial do Threads esteja agendado para amanhã, 6 de julho, a interface web do aplicativo ficou disponível por algumas horas hoje (5/7), permitindo que os usuários tivessem um vislumbre do que está por vir.

Infelizmente, o que foi mostrado está longe de ser revolucionário ou empolgante.

A interface web atualmente oferece recursos básicos de visualização de threads, como curtir, comentar, repostar e compartilhar. No entanto, todas essas ações direcionam os usuários para baixar o aplicativo móvel, o que limita a funcionalidade do Threads para aqueles que preferem ou dependem do acesso via web.

Economia

Ao explorar a interface web do Threads, fica claro que ainda há muito a ser feito para tornar o aplicativo uma opção viável para os usuários em potencial.

A possibilidade de visualizar os principais posts de uma conta em uma seção separada e a história completa das respostas em outra são recursos semelhantes aos do Twitter. No entanto, a quantidade limitada de testadores do Threads até o momento indica que o acesso antecipado foi concedido a apenas alguns milhares de usuários selecionados. Essa exclusividade restringe a compreensão real do desempenho do Threads em larga escala.

Uma perspectiva interessante mencionada é a possível integração do Threads com o Fediverse, uma rede social descentralizada que inclui plataformas como o Mastodon. Embora essa seja uma adição promissora, é importante observar que essa funcionalidade não estará disponível imediatamente no lançamento do Threads. Portanto, os usuários terão que aguardar ansiosamente por futuras atualizações que possibilitem a interação com pessoas em outras plataformas do Fediverse.

A campanha de marketing do Instagram para o lançamento do Threads foi ofuscada pelas polêmicas recentes envolvendo o Twitter. Restrições temporárias para usuários não registrados, limites de taxa que causaram problemas e mudanças significativas no TweetDeck, após sua falha completa, geraram uma atmosfera de instabilidade nas redes sociais. Essa conturbada situação comprometeu a empolgação em relação ao lançamento do Threads.

A esse respeito – as limitações de acesso – o usuário/consumidor também não tem garantias, haja vista essas empresas de aplicação de internet serem estrangeiras e aplicarem suas próprias regras ao arrepio das leis brasileiras, por exemplo.

Apesar de toda a expectativa gerada em torno do Threads, a experiência inicial na interface web deixa muito a desejar. Com recursos limitados e uma funcionalidade direcionada principalmente para o uso móvel, é compreensível que os usuários tenham uma visão negativa dessa experiência.

No entanto, é importante mencionar que existem tecnologias disponíveis que podem melhorar a experiência de uso de aplicações web, mesmo em relação à execução de tarefas intensivas. Uma dessas tecnologias é conhecida como Web Workers. Os Web Workers permitem que tarefas demoradas sejam executadas em threads separadas, evitando que a thread principal seja bloqueada e tornando a interface mais responsiva.

Em síntese, o usuário/consumidor de redes sociais continuará refém dos monopólios das big techs. Poderá sair do jugo de Elon Musk, dono do Twitter, para cair no julgo de Mark Zuckerberg, dono da Meta. Portanto, Threads poderá ser mais do mesmo. A conferir.

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