A revista britânica The Economist, nesta terça (04/10), declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para impedir algo muito pior para o Brasil e o mundo, que seria a reeleição do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL).

A publicação – que é uma cartilha do liberalismo mundial – afirma que Bolsonaro convenceu muitos brasileiros de falsidades aterrorizantes sobre Lula, como que ele fecharia igrejas.

De acordo com Economist, o presidente Bolsonaro incentivou seus apoiadores a desconfiarem tanto do sistema de votação eletrônica do Brasil quanto de sua mídia tradicional de verificação de fatos.

– Se ele perder, ele pode alegar que ganhou e exortar seus apoiadores a irem às ruas. Um segundo mandato para um homem assim seria ruim para o Brasil e para o mundo. Só Lula pode impedir. Reivindicar o campo central é a melhor maneira de fazê-lo – recomenda a revista.

A reportagem ainda retrata o deslocamento da campanha de Lula para o centro com vistas ao segundo turno, no próximo dia 30 de outubro, e a conquista dos apoios de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – ambos eliminados no primeiro turno.

– Para convencer os eleitores indecisos de que ele pode confiar em sua prosperidade futura, ele deve se aproximar do centro. Ele deve nomear publicamente um economista moderado como sua escolha para ministro das Finanças – observa The Economist.

Embora diga que Lula seja a melhor opção para o Brasil e o mundo, a revista britânica critica o suposto esquerdismo do petista na economia, que vê o Estado como motor do desenvolvimento e prega o fim da dolarização nos preços dos combustíveis – a diabólica paridade internacional adotada pela Petrobras.

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