O Ministério Público da Suécia decidiu encerrar nesta terça-feira (19) as investigações de estupro contra o fundador do site Wikileaks Julian Assange, atualmente preso no Reino Unido.
“Após conduzir uma extensa avaliação de tudo que surgiu no curso das investigações preliminares, concluí que as provas não são fortes suficientes para formar as bases para um indiciamento”, disse a vice-procuradora-geral sueca, Eva-Marie Persson, em entrevista coletiva.
O suposto estupro teria ocorrido em 2010, mas Assange sempre negou as acusações.
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O caso já havia sido arquivado uma vez, em 2017, mas acabou sendo reaberto em maio, depois que Assange foi preso no Reino Unido.
O fundador do Wikileaks foi preso pela Polícia Britânica depois de permanecer sete anos na Embaixada do Equador em Londres. A prisão ocorreu depois que o presidente equatoriano Lenín Moreno retirou dele o status de asilado diplomático.
Após a prisão do ativista, os EUA anunciaram 17 novas acusação contra ele por conspiração, incluindo a violação da Lei de Espionagem.
Em 2010, o site WikiLeaks divulgou mais de 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades do Exército americano no Iraque e no Afeganistão durante a chamada “guerra ao terror”.
Atualmente, Assange está preso na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, e enfrenta uma solicitação de extradição dos EUA.
Com informações da Deutsche Welle.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.