Sob Lula, diminuíram as mortes violentas no Rio de Janeiro | Pesquisa do ISP

No ano de 2023, o Rio de Janeiro experimentou uma significativa transformação no cenário de segurança pública, marcada pela menor taxa de letalidade violenta desde 1991, conforme registra o Instituto de Segurança Pública (ISP).

O Blog do Esmael mostra detalhes para uma análise aprofundada sobre os fatores que contribuíram para esta redução, bem como examina os desafios persistentes, como o aumento dos homicídios dolosos e a atuação de grupos armados.

Em 2023, houve uma redução de 5,1% nos casos de letalidade violenta em comparação com o ano anterior, totalizando 4.257 ocorrências.

Esse indicador abrange homicídios dolosos, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte por intervenção policial.

A diminuição destes números representa um marco histórico, sendo a menor em 32 anos, e reflete os esforços concentrados em políticas de segurança pública.

Contrastando com a queda geral, os homicídios dolosos registraram um aumento de 7,3% em 2023.

Economia

Com 3.283 casos, quase nove pessoas foram assassinadas por dia.

Este aumento aponta para a necessidade de estratégias específicas para combater este tipo de crime, principalmente nas áreas mais afetadas.

A análise regional revela que a zona oeste da capital, uma área de forte presença miliciana, sofreu um aumento de 43,2% nos assassinatos, totalizando 726.

Na Baixada Fluminense, embora tenha havido uma leve queda de 1,4%, registrou-se o maior número absoluto de homicídios, com 902 vítimas.

Na Região Integrada de Segurança Pública (RISP) 1, que inclui o centro do Rio, zona sul e zona norte, houve um incremento de 10,6% nos homicídios.

Em Niterói, São Gonçalo e arredores, o aumento foi de 5,7%.

Em 2023, foram registrados 869 casos de mortes por intervenção policial, uma queda de 34,7% em relação ao ano anterior.

No entanto, na zona oeste, este índice aumentou em 13,7%.

Esta redução geral contribuiu significativamente para a queda no indicador de letalidade violenta.

O número de desaparecidos subiu 10,7%, totalizando 5.815 casos.

Já as extorsões aumentaram 41,7%, com 3.264 ocorrências.

Estes números sugerem novas dinâmicas criminais, exigindo respostas adaptativas das autoridades de segurança.

Nesse período, a segurança pública do Rio recebeu investimentos de mais de R$ 2,5 bilhões em segurança, incluindo tecnologia, reformas e equipamentos, além da criação de uma nova secretaria para promover integração entre as polícias Civil e Militar, o que pode ter ajudado na redução da letalidade violenta.

Apesar dos avanços notáveis, o cenário de segurança pública no Rio de Janeiro em 2023 apresenta complexidades.

Enquanto a redução geral na letalidade violenta é um indicativo positivo, o aumento nos homicídios dolosos e as dinâmicas emergentes de crimes como desaparecimentos e extorsões representam desafios significativos.

É imprescindível que as estratégias de segurança continuem evoluindo para enfrentar essas questões multifacetadas.

Mas isso, a partir de fevereiro, será uma das tarefas do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, indicado recentemente pelo presidente Lula.

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