Resignado, Bolsonaro prevê vitória de Lula em 2022

O presidente Jair Bolsonaro previu neste sábado (15/5), durante ato do agronegócio, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá vencer as eleições de 2022 e sucedê-lo no Palácio do Planalto.

Em sua terceira manifestação sobre Lula na semana, Bolsonaro xingou o petista de “canalha” e “bandido de nove dedos”. O mandatário ainda insinuou que o STF está em conluio para a volta do PT em 2022.

“Queremos eleições em 2022 onde o voto possa ser auditado. Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem. Não podemos admitir um sistema eleitoral que é passível de fraude”, disparou Bolsonaro.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), respondeu aos ataques de Bolsonaro dizendo que ele sim é uma fraude.

“Bolsonaro, a fraude é você. Resultado da fraude do impeachment, da fraude Sérgio Moro, da fraude fake news. Em 22 a fraude será derrotada, se antes não for impichada”, disse.

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Adeus, querido Bolsonaro

Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha, sinalizaram nesta semana que Lula pode vencer a disputa presidencial já no primeiro turno. Ele tem 47% dos votos válidos, a três pontos de resolver a eleição na primeira etapa.

Economia

Caso a disputa siga para o segundo turno, diz o Datafolha, Lula venceria por 50% contra 32% de Bolsonaro –por isso a resignação do presidente.

Além do ato do agronegócio, em Brasília, houve ato político pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios. Apesar de Bolsonaro afirmar que é “imbrochável”, o evento foi muito “brochado”. Poucas pessoas acompanharam a manifestação no DF.

No evento “brochado” de Brasília, os bolsonaristas pediam “CPI do STF”, “concurso para o STF”, “impeachment do ministro Alexandre de Moraes” e autorizaram “plenos poderes” para Bolsonaro.

Jair Bolsonaro cobrou voto imprenso e jurou em seu discurso a ruralistas que entregará a Lula, em 2023, um país melhor do que encontrou em 2019.