PT pede a reestatização da Copel após seis meses da privatização

Reestatização da Companhia seria a única saída para o caos energético no Paraná, diz deputado e presidente do partido no estado

A privatização da Copel, empresa outrora orgulho energético do Paraná, culminou em uma crise sistêmica que tem deixado os paranaenses às escuras e os trabalhadores da ex-estatal furiosos.

Após a venda da empresa em agosto de 2023, uma onda de apagões e serviço precário de energia tem afetado a população, segundo relatos de consumidores de todo o estado.

Este cenário desolador se opõe à imagem triunfante do governador Ratinho Junior (PSD), que celebrou a privatização na Bolsa de Valores de São Paulo.

O deputado Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná, destaca a urgência da reestatização da Copel como solução para a deterioração dos serviços.

“A situação atual é o resultado direto da venda da Copel para entidades focadas em lucros, não em serviços de qualidade”, afirma Chiorato.

Ele argumenta que a privatização, promovida sob o pretexto de aumentar a competitividade e beneficiar o consumidor, resultou em precariedade e risco para a vida dos paranaenses, especialmente aqueles que dependem de equipamentos elétricos essenciais.

Economia

A entrada de gestoras de investimento americanas como principais acionistas após a privatização, longe de ser uma melhoria, só exacerbou o problema.

Chiorato questiona o compromisso dessas empresas com as necessidades locais e aponta a falta de sensibilidade do governo estadual como um fator agravante na crise.

Ratinho Junior celebra a privatização da Copel, enquanto trabalhadores ficam sem o PDV e o povo permance no apagão. Foto: Reprodução/site PT.

O deputado cita exemplos internacionais de reestatizações no setor energético, destacando casos na Alemanha, França, Estados Unidos, Reino Unido e Espanha, como referência para o caminho que o Paraná deve seguir.

“Não seremos uma exceção no mundo das privatizações fracassadas. É hora de reverter essa decisão e trazer a Copel de volta ao controle público para garantir o fornecimento de energia estável e seguro para todos os paranaenses”, conclui Chiorato.

Este caso da Copel emerge como um símbolo potente da luta entre políticas públicas voltadas para o bem-estar social e a lógica do mercado, que não possui alma nem coração.

O apelo de Chiorato por ação imediata reflete uma preocupação crescente entre os paranaenses, colocando pressão sobre o governo estadual para reconsiderar sua decisão e agir rapidamente para evitar que o estado fique literalmente no escuro.

O Blog do Esmael vem repercutindo de maneira recorrente histórias tristes de apagões em várias regiões do estado, a exemplo dos últimos ocorridos no Litoral e na Região Metropolitana de Curitiba.

Além disso, a Copel ainda não resolveu a bronca do PDV (Programa de Demissão Voluntária) que vem adoencendo os trabalhadores da empresa.

Deixe um comentário