“Privatiza que melhora”: Sanepar deixa PG com as torneiras secas

A antenadíssima jornalista Mareli Martins, em seu blog, conta que a cidade de Ponta Grossa, situada na região dos Campos Gerais, enfrenta uma grave crise hídrica desde domingo (12/11), quando moradores começaram a sentir os impactos da falha no sistema de captação da Sanepar, responsável por 30% do abastecimento de água na cidade.

Segundo Mareli, em meio ao calor de quase 40ºC, os pontagrossenses sofrem com falta de água, enquanto a Sanepar alega que “ocorreu pane” no sistema de abastecimento na cidade.

Nos últimos meses, o Blog do Esmael vem examinado detalhadamente os eventos que levaram a essa situação, qual seja, os bairros afetados pela falta de água em PG são a regra na companhia.

O desinvestimento e a perda de memória técnica nessas empresas privatizadas ou fase de privatização têm sido patente.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) esclareceu que uma pane eletromecânica afetou o conjunto motobomba da captação da represa do Alagados, resultando na interrupção do fornecimento de água em nove bairros de Ponta Grossa.

A cidade, nos últimos dias, experimentou as temperaturas mais elevadas do ano, amplificando os desafios enfrentados pelos moradores diante da escassez de água.

Economia

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Os bairros afetados, como Contorno, Chapada, Uvaranas, Periquitos, Boa Vista, Oficinas, Estrela, Colônia Dona Luiza e parte alta do Centro, enfrentam uma situação crítica, agravada pelas condições climáticas adversas.

A falta de água, que persiste desde o domingo, tem gerado desconforto e preocupação entre os residentes, destacando a urgência na resolução do problema.

A Sanepar, ciente da gravidade da situação, anunciou que está empenhada em solucionar a falha técnica.

Declarou que o trabalho é de “alta complexidade” e estima que a normalização do abastecimento ocorrerá ao longo desta terça-feira (14/11).

É crucial que a população seja informada sobre as etapas do processo de recuperação, proporcionando transparência e confiança no restabelecimento da oferta de água.

A falta de água não é uma novidade em Ponta Grossa, e mesmo com as falhas anteriores da Sanepar, a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) sinalizou a intenção de renovar o contrato com a empresa até 2048.

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Essa decisão foi discutida em um encontro envolvendo a prefeita, representantes municipais, diretores da Sanepar e do Governo do Estado.

Este ponto levanta questionamentos sobre a sustentabilidade a longo prazo da parceria e a necessidade de medidas preventivas para evitar recorrências.

Em meio a uma crise hídrica desafiadora, é essencial que a Sanepar adote medidas eficazes que impliquem mais investmentos para superar a falha técnica e assegurar um abastecimento de água estável em Ponta Grossa.

Este incidente destaca a importância de uma gestão hídrica robusta e suscita questões sobre a viabilidade de contratos a longo prazo em meio a desafios recorrentes, bem como o desinvestimento e a privatização de um setor estratégico à vida humana.

Portanto, a palavra de ordem neoliberal “privatiza que melhora” é típico do conto da carochinha.

O município de Ponta Grossa tem 355 mil habitantes.

É o quarto mais populoso do Paraná e o nono do Sul do país.

Tem a sétima maior arrecadação do estado.

Ponta Grossa é conhecida como Princesa dos Campos e Capital Cívica do Paraná, além de receber o título de Capital Paranaense da Cerveja.

O município e a região dos Campos Gerais têm forte presença do agronegócio, no entanto, Ponta Grossa também já foi governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

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