O presidente do Equador, Daniel Noboa Azin, assinou um decreto executivo declarando o estado de “conflito armado interno”.
Esta decisão reflete a crescente instabilidade e insegurança que assola o país.
As forças armadas foram instruídas a executar operações militares com o objetivo de neutralizar as ameaças de grupos terroristas e atores não estatais beligerantes.
Contudo, esta medida extrema levanta preocupações sérias sobre o futuro da nação.
O decreto presidencial surgiu como resposta a eventos violentos, incluindo o ataque armado a uma universidade e a um estúdio de televisão.
Esta onda de violência resultou em múltiplas vítimas, incluindo mortes e feridos graves.
As imagens chocantes de trabalhadores sendo agredidos e forçados a permanecer no chão durante uma transmissão ao vivo evidenciam um país à beira do caos.
O desdobramento dos eventos no Equador é uma clara demonstração da deterioração da segurança interna, que se agravou antes das eleições presidenciais do ano passado.
A captura dos indivíduos envolvidos no ataque ao estúdio de televisão e as detenções subsequentes revelam a capacidade de resposta das forças de segurança.
No entanto, estas ações não mitigam o medo e a ansiedade que permeiam a sociedade equatoriana.
A situação no Equador não passou despercebida no cenário internacional.
Países vizinhos, como a Argentina e a Colômbia, expressaram apoio e ofereceram assistência.
Os Estados Unidos também estão acompanhando de perto os eventos, prontos para prestar auxílio.
Esta solidariedade internacional é um sinal positivo, mas também um lembrete sombrio de que a instabilidade no Equador é um problema com ramificações globais.
As cidades de Guayaquil e Quito tornaram-se epicentros desta onda de violência.
Relatos de tiroteios, roubos e saques em áreas comerciais são um testemunho da gravidade da situação.
O estado de emergência imposto pelo Peru na fronteira com o Equador é uma medida preventiva, mas também um indicador do medo e incerteza que agora dominam a região.
Daniel Noboa, de centro-direita, foi eleito presidente do Equador em outubro do ano passado.
Ele derrotou a candidata de esquerda, Luisa González, que era apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.