Por que Jacinda Ardern renunciou ao cargo de primeira-ministra na Nova Zelândia?

Talvez o caso do golpe contra Dilma Rousseff (PT), em 2016, seja um paralelo importante para entender o que houve no país localizado na Oceania, porém, com um quadro mais radicalizado ainda que reúne misoginia e extremismo político da direita.

Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, renunciou surpreendentemente neste mês de janeiro de 2023. Ela governou um país formado por duas principais ilhais e com 5,2 milhões de habitantes entre agosto de 2017 e 2023.

Ardern, de 42 anos, disse que dormiu profundamente após sua renúncia “pela primeira vez em muito tempo”, enquanto crescem as especulações de que abusos e ameaças contra ela e sua família contribuíram para sua decisão de renunciar.

Falando brevemente com repórteres, Ardern disse que estava sentindo “uma série de emoções” e não se arrependia de ter deixado o emprego. Ela afirmou que abusos ou ameaças não foram um fator decisivo em sua renúncia, mas simplesmente “não tinha mais o suficiente para fazer justiça”.

No entanto, líderes políticos e figuras públicas proeminentes da Nova Zelândia dizem que a “difamação constante”, os abusos e os ataques pessoais contribuíram para esse esgotamento, e alguns parlamentares afirmam que a primeira-ministra foi “expulsa do cargo” e pedem que a Nova Zelândia reexamine sua cultura política.

A ex-primeira-ministra Helen Clark afirma que Ardern enfrentou ataques “sem precedentes” durante seu mandato, e acredita que a sociedade deve refletir se deseja continuar tolerando a polarização excessiva que está tornando a política uma vocação cada vez menos atraente.

Economia

A ex-presidente Dilma não se pronunciou oficialmente sobre o caso de Jacinda, que, durante a pandemia, era considerada a queridinha em todo o mundo por causa de sua bem sucedida luta contra o vírus.

Dilma Rousseff foi alvo de golpe
Dilma Rousseff previu que o PT voltaria ao governo em breve, após o golpeque ela sofreu em 2016.

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