População em situação de rua aumentou 38% no governo Bolsonaro, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou um estudo que aponta que a população em situação de rua no Brasil ultrapassou os 281 mil pessoas em 2022. Este número representa um aumento de 38% em relação a 2019, durante o governo Bolsonaro, o que é ainda mais alarmante em comparação ao crescimento da população brasileira em geral, que foi de 11% entre 2011 e 2021.

De acordo com o estudo do Ipea, o aumento de pessoas nas ruas é muito maior do que o da população em geral. Nos últimos dez anos, de 2012 a 2022, o número de pessoas em situação de rua cresceu 211%. Isso significa que o atual governo precisa retomar urgentemente o programa de habitação popular, o Minha Casa, Minha Vida.

A questão da população em situação de rua é um desafio complexo que ainda requer uma abordagem multidisciplinar e abrangente. Por exemplo:

  1. Investimento em programas de assistência social: É importante fornecer aos sem-teto acesso a serviços básicos como alimentação, abrigo, saúde e atendimento psicológico.
  2. Inclusão econômica: É importante oferecer oportunidades de trabalho e renda para que as pessoas possam se reintegrar ao mercado de trabalho e sair da situação de rua.
  3. Educação e capacitação profissional: Programas de educação e capacitação profissional podem ajudar a equipar as pessoas com as habilidades necessárias para se inserir no mercado de trabalho.
  4. Parcerias com a comunidade: A participação da comunidade local é fundamental para o sucesso de programas de assistência à população em situação de rua. É importante envolver grupos comunitários, empresas e outras organizações para apoiar esses esforços.
  5. Políticas públicas eficazes: É importante que as políticas públicas abordem as causas subjacentes da pobreza e da exclusão social, a fim de prevenir que as pessoas entrem em situação de rua em primeiro lugar.

A Região Sudeste concentra mais da metade da população em situação de rua do país, com 151 mil pessoas. Em seguida, estão as regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. A Região Norte, apesar de ter a menor parcela de população de rua do país, teve um aumento significativo, mais que dobrando de 8 mil para mais de 18 mil pessoas vivendo nas ruas de 2019 para 2022.

Uma das pessoas em situação de rua é o Mauro, que veio de Santa Catarina para Brasília após um acidente de moto e não tem apoio de ninguém. Ele procura ajuda em um dos Centros Pop, que atendem pessoas em situação de rua, em busca de uma saída. Mauro conta que rompeu relações com todos os seus familiares e agora busca uma passagem para voltar ao Sul do país.

Com informações da Agência Brasil e do Ipea.

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