Paraná terá eleição mais nacionalizada da história em 2022; saiba por quê

Presenças de Moro, Deltan, Gleisi, Alvaro, Requião e Barros nacionalizam a disputa do ano que vem.

A aquisição pelo Podemos do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol, que se fizeram em cima da finada Lava Jato, farão das eleições no Paraná as mais nacionalizadas da história.

A presença de políticos com projeção nacional, que têm mandato ou que já tiveram, amplificará a influência do estado no cenário eleitoral de todo o País.

A deputada federal Gleisi Hoffman, presidenta nacional do PT, é do Paraná; senador Alvaro Dias (Podemos) e o ex-senador Roberto Requião (sem partido) também o são das terras das araucárias; o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), igualmente; dentre outras personalidades.

Nunca é demais recordar que o ex-presidente Lula permaneceu 580 dias preso ilegalmente em Curitiba, capital do estado, após sentença de Moro –ulteriormente declarado suspeito pelo STF e as penas do petista foram anuladas.

Há ainda uma forte expectativa de que o ex-ministro Aldo Rebelo transfira seu domicílio eleitoral para o Paraná. Ele voltará a Curitiba no próximo dia 13 de dezembro, quando poderá bater o martelo nesse convite.

Economia

É nesse cenário, totalmente nacionalizado, que estrategistas do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), planeja ficar “neutro” em relação à disputa presidencial. Um correligionário de Ratinho disse ao Blog do Esmael que, a priori, a posição do chefe do executivo estadual será “nem-nem-nem”: nem Bolsonaro, nem Moro, nem Lula.

O risco é de Ratinho Junior ser esmagado pela polarização. Por ele, governador, não se discutiria em 2022 os problemas do País.

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