Número de divórcios em Portugal é cinco vezes maior do que no Brasil

Diz o ditado popular que, após o casamento, só prevalece um questionamentos: ‘cadê meus bens?’

Os bastidores do universo matrimonial têm sido palco de intensas transformações, e as estatísticas recentes lançam luz sobre uma realidade intrigante: Portugal ostenta uma taxa de divórcio alarmante, cinco vezes maior do que a do Brasil. Segundo dados do Mundo das Estatísticas, o país lusitano apresenta uma taxa impressionante de 94%, enquanto o Brasil registra 21%. Estas cifras intrigantes nos levam a explorar as razões por trás desse fenômeno e suas implicações sociais.

Antes de mergulharmos nas especificidades de Portugal, é crucial contextualizar o cenário global. O levantamento abrangente do Mundo das Estatísticas nos presenteia com uma visão abrangente, destacando a Índia com a menor taxa de divórcio no mundo, marcando 1%. Contrastando, países como Rússia, Espanha e Luxemburgo lideram as estatísticas, com percentuais notáveis de 73%, 85% e 79%, respectivamente.

Para entendermos completamente o impacto dessas estatísticas, devemos analisar o método utilizado pelo Mundo das Estatísticas. O rácio entre a taxa bruta de divórcio e a taxa bruta de casamento é a métrica chave. Tomemos Portugal como exemplo, onde o rácio de 94% significa que, para cada dois casamentos, ocorre um divórcio. Este indicador oferece uma perspectiva mais precisa sobre a dinâmica conjugal em diferentes partes do globo.

Dentre os fatores que podem explicar a elevada taxa de divórcios em solo português, destaca-se a mudança nos valores sociais e a evolução dos papéis de gênero. O aumento da independência financeira das mulheres, somado a uma crescente ênfase na individualidade, pode ter desempenhado um papel crucial nesse panorama.

Outro aspecto relevante é a pressão social e familiar. Tradições arraigadas muitas vezes dificultam a tomada de decisões individuais em prol da felicidade pessoal. Essa tensão entre expectativas sociais e realização pessoal pode ser um catalisador para o aumento nas separações.

Economia

Ao analisarmos as taxas de divórcio do Brasil surge a oportunidade de aprendizado. O Brasil, com sua taxa de 21%, mostra que a estabilidade conjugal é um dos principais esteios da economia, haja vista o casamento ser um “negócio jurídico”, um contrato entre partes que pode ser rompido mediante cláusulas.

Olhando para o futuro, é imperativo considerar as implicações sociais dessa realidade. O elevado número de divórcios não apenas impacta a estrutura familiar, mas também reverbera em esferas como saúde mental, economia e bem-estar geral da sociedade. Entender as raízes desse fenômeno é o primeiro passo para abordar suas ramificações.

O filósofo alemão do século XIX Arthur Schopenhauer tinha uma visão negativa do casamento. Ele acreditava que casar-se significava duplicar as obrigações e reduzir pela metade os direitos. Ele também acreditava que os casamentos de amor são infelizes porque asseguram a felicidade da geração futura, mas à custa da geração presente.

O que é um rácio?

Rácio é uma relação quantitativa entre dois valores. É uma forma concisa de mostrar a relação entre duas grandezas. Pode ser expresso sob a forma de um quociente ou percentagem. 

Um rácio é expresso formalmente separando as duas grandezas com dois pontos (:) ou, por vezes, com um símbolo de divisão (/) usado em vez dos dois pontos. 

Em economia, o rácio é uma relação, geralmente expressa em percentagem, entre duas grandezas.

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