Nova bruxaria na praça: Alvaro, Ratinho e Deltan ‘juntos’ no Paraná

O senador Alvaro Dias (Podemos) deverá disputar o governo do Paraná, tendo como companheiros de chapa Ratinho Junior (PSD), na vice, e o procurador Deltan Dallagnol concorrendo ao Senado.

O deputado estadual Ratinho Junior era visto pelo mundo político como “promessa” para o continuísmo do grupo do governador Beto Richa (PSDB), mas a conjuntura atropelou o “pacto” com o advento da vice-governadora Cida Borghetti (PP), que assumirá o Palácio Iguaçu a partir de abril. Com ela e o marido dela, Ricardo Barros (PP), no comando da máquina, também mudou o ânimo de Richa em relação ao filho do apresentador Ratinho.

O desencanto de Ratinho Junior com Beto Richa, que o preterirá para apoiar Cida, abriu uma avenida com Alvaro Dias cujo suplente no Senado é o bilionário aposentado Joel Malucelli (PSD), sogro do deputado João Arruda (PMDB).

Malucelli herdaria a vaga no Senado caso a bruxaria dê certo, em 2018, ou seja, de Alvaro voltar governador o Paraná.

“‘Pulso firme e trabalho’ lema de Alvaro Dias quando assumiu o governo do Paraná, realizou ampla reforma administrativa, saneou as finanças e transformou o estado num canteiro de obras”, escreveu nesta véspera de Natal a assessoria do senador do Podemos, lembrando os 32 anos da eleição para o governo do estado em 1986.

Não é à toa que Murilo Hidalgo, da Paraná Pesquisas, mostrou esta semana Alvaro como “imbatível” para o governo do Paraná. Ato contínuo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse se animar para enfrentá-lo, mais uma vez, na corrida pelo Palácio Iguaçu.

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Resolvida a questão de Alvaro e de seu vice, nos atentemos à chapa dele para o Senado.

O parlamentar do Podemos anunciou o ex-prefeito de Londrina Alexandre Kireeff na semana que passou, mas, ao que tudo indica, o nome principal será mesmo Deltan Dallagnol.

O rapaz da lava jato tem feito cada vez mais discursos políticos protegido pelo manto estatal. Vide a sapecada que ele deu em Michel Temer no caso do indulto de Natal concedido a presos, que a nosso ver o peemedebista agiu corretíssimo.

Dito que Alvaro disputará o governo do Paraná, Ratinho Junior a vice e o procurador D.D., embora seja uma chapa forte, não lhes faltarão adversários à altura.

Se Requião se anima para o jogo bruto, quem também adiantou que ficaria com tesão para o embate é o ministro Ricardo Barros. A mulher dele, Cida Borghetti, completaria o mandato no governo do estado.

Portanto, anote aí para não se perder: o Palácio Iguaçu teria, no ano que vem, ao menos três pesos-pesados na disputa, quais sejam, Alvaro Dias, Ricardo Barros e Roberto Requião.

Para o Senado, a disputa não seria menos cruenta. Além de Deltan Dallagnol, o D.D., ainda desceriam para o play Beto Richa, Maurício Requião (PMDB), Dudu da Valor, Alexandre Kireeff, Dr. Rosinha (PT), dentre outros aspirantes.

A mudança na conjuntura poderá deixar a maionese da ceia de Natal indigesta para muitos, mas é exatamente isso que operadores da política articulam na virada para 2018. Quem sobreviver às comilanças deste fim de ano verá.

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