O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, no âmbito do inquérito contra os promotores de atos antidemocráticos, que as redes sociais forneçam relatórios sobre pagamentos efetuados a páginas bolsonaristas que fazem apologia a atos antidemocráticos, conhecida como a “monetização” dessas páginas.
A medida é relevante para saber se os blogueiros e militantes bolsonaristas estão sendo remunerados por meio de publicações contrárias às instituições democráticas, o que pode tornar o crime mais grave.
Essa nova diligência faz parte da operação autorizada por Moraes e deflagrada na terça-feira (16) pela Polícia Federal (PF), que incluem quebra de sigilo bancário de onze parlamentares e busca e apreensão em apoiadores dos atos. As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Moraes determinou que as informações sobre a monetização das páginas sejam fornecidas pelas redes sociais Facebook, Youtube e Instagram. Essas redes possuem mecanismos próprios para remunerar usuários que tenham alto número de visualizações em suas contas ou atendam a outros critérios estabelecidos, o que é chamado de “monetização” desses conteúdos.
O inquérito sobre os atos antidemocráticos tem como um dos focos apurar o financiamento a essas manifestações e os braços financeiros do grupo, por isso essa diligência é relevante na apuração dos fatos.
Confira a lista de blogueiros e sites investigados:
– Terça Livre de Allan dos Santos
– Folha Política
– Foco do Brasil
– Alberto Silva
– Roberto Boni
– Vlog do Lisboa
– Roberto Boni
– Nação Patriota
– Ravox Brasil
– Oswaldo Eustáquio
– Sara Winter
– Marcelo Razão
– Camila Abdo Calvo
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.