Nas vésperas do 7 de setembro, cresce o fetiche pela prisão do ex-presidente Bolsonaro

A direita e a esquerda, cada qual pelo seu motivo, secreta ou explicitamente, torcem pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até o próximo dia 7 de setembro, Dia da Independência, numa espécie de fetiche coletivo proporcionado pelo messianismo extremista e pelo punitivismo herdado da Lava Jato.

A direita busca martirizar seu “mito” com o intuito de ressurgir das cinzas nos cenários eleitorais de 2024 e 2026, enquanto a esquerda vê com bons olhos retirada de circulação do “genocida” e, consequentemente, garantir a reeleição tranquila do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, como o Blog do Esmael registrou na semana passada, os donos do dinheiro, que mandam na velha mídia corporativa, têm outros planos para Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro vale mais livre, leve e solto para os chantagistas do mercado financeiro que atuam em conluio com os jornalões.

A prisão é um fetiche [fantasia] para as torcidas, não para os especuladores que querem ganhar mais dinheiro nesse ambiente de confusão.

Se o atual governo Lula não seguir as regras do tal mercado, em um jogo binário, além de manter a direita aquecida para as eleições municipais do ano que vem, Bolsonaro seria liberado para concorrer em 2026.

Economia

A lógica é a mesma que presidiu os períodos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro, quando o polo passivo era Lula e o PT.

Enquanto se discute se prende ou deixa solto Bolsonaro, um falso dilema, o país deixa de discutir um projeto de desenvolvimento que gere emprego e renda para milhões de trabalhadores.

Portanto, o slogan ‘Bolsonaro na cadeia’ é mais um fetiche do que uma realidade a médio prazo – haja vista a necessidade do devido processo legal.

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