Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, aborda metas cruciais para a Amazônia na Declaração de Belém

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, trouxe à tona a ausência de uma meta comum de combate ao desmatamento na Declaração de Belém no âmbito da Cúpula da Amazônia.

Marina enfatizou a importância do consenso nas negociações e o acordo entre todos os países de que a Amazônia não deve exceder 25% de desmatamento, visando evitar a irreversível savanização.

Esse limite crítico revela-se fundamental para a preservação da floresta, a manutenção dos padrões de chuvas e o suporte a 75% do PIB da América do Sul e ao equilíbrio global.

A ministra destacou que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) não havia previsto as atuais questões relacionadas às mudanças climáticas quando foi fundada há 45 anos.

Ela ressaltou o enfoque recente da cúpula em lançar declarações conjuntas entre os oito países participantes e a sociedade civil, a fim de impulsionar os governos na direção adequada.

Brasil comprometido com o desmatamento zero até 2030, avanços notáveis

O Brasil se comprometeu de maneira assertiva a atingir a meta de desmatamento zero até o ano de 2030, reforçando seu compromisso com a preservação da Amazônia.

Economia

Nesse sentido, houve significativos avanços em termos de fiscalização ambiental e redução do desmatamento.

O país alcançou uma redução de 42% nas taxas de desmatamento, demonstrando sua dedicação em combater essa ameaça à biodiversidade e ao equilíbrio ecológico.

Um marco notável foi registrado em julho, com uma diminuição de 66% no desmatamento.

Essa conquista ressalta os esforços eficazes que vêm sendo empreendidos pelo Brasil para garantir a preservação da maior floresta tropical do mundo.

Desafios diplomáticos: rumo a um consenso global

Apesar dos avanços significativos alcançados pelo Brasil, a falta de um acordo unânime entre as nações ainda representa um desafio no cenário diplomático.

O compromisso brasileiro com a redução do desmatamento esbarra em divergências de opiniões com outros países participantes da Cúpula Amazônica.

No entanto, a nação persiste firmemente na sua determinação em alcançar sua meta, evidenciando a relevância de um compromisso interno e global na busca por soluções efetivas para a preservação da Amazônia.

A importância da cooperação internacional e a necessidade de atualização

A ministra Marina Silva enfatizou a relevância da cooperação internacional para enfrentar os desafios ambientais atuais.

A Amazônia, como um patrimônio compartilhado da humanidade, exige ações coordenadas e harmoniosas entre os países que a cercam.

O papel da OTCA é crucial nesse contexto, embora seja notório que essa organização não previra os impactos das mudanças climáticas quando foi estabelecida.

Uma atualização das diretrizes da OTCA, considerando as novas realidades climáticas, é imperativa para garantir a eficácia das ações conjuntas na proteção da região amazônica.

Rumo à sustentabilidade e equilíbrio

A preservação da Amazônia é uma causa que transcende as fronteiras nacionais e requer uma abordagem global e colaborativa.

A declaração de Belém e as discussões da Cúpula Amazônica destacam a urgência de metas compartilhadas e esforços coordenados para evitar os efeitos danosos da savanização e assegurar a sustentabilidade do ecossistema.

O Brasil demonstra seu comprometimento, implementando medidas concretas para atingir o desmatamento zero até 2030, mesmo diante dos desafios diplomáticos.

A evolução da OTCA e a atualização das estratégias são passos cruciais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e garantir um futuro equilibrado para a região e para o planeta como um todo.

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