Ministério da Justiça Flávio Dino aciona PF para investigar tentativa de Bolsonaro trazer joias ilegalmente do exterior

Ministério da Justiça Flávio Dino aciona PF para investigar tentativa de Bolsonaro trazer joias ilegalmente do exterior

O Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu acionar a Polícia Federal para investigar a tentativa do governo Bolsonaro de trazer ilegalmente joias com diamantes avaliadas em três milhões de euros para o país. O presente, dado pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente e à primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi apreendido no aeroporto de Guarulhos durante fiscalização da Receita Federal em outubro de 2021. O assessor do então ministro de Minas e Energia, Marcos André Soeiro, foi flagrado com as joias em sua mochila e teria tentado entrar no país sem declará-las.

O que você precisa ficar sabendo sobre o caso das joias de Bolsonaro:

  • O Ministério da Justiça e Segurança Pública acionou a Polícia Federal para investigar a tentativa do governo Bolsonaro de trazer ilegalmente joias do exterior;
  • As joias, avaliadas em três milhões de euros, foram presentes do governo da Arábia Saudita ao ex-presidente e à primeira-dama Michelle Bolsonaro;
  • As peças foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos em outubro de 2021 durante fiscalização da Receita Federal;
  • O assessor do então ministro de Minas e Energia, Marcos André Soeiro, foi flagrado com as joias em sua mochila;
  • O ex-ministro Bento Albuquerque tentou usar o cargo para recuperar as joias;
  • A deputada federal Erika Hilton, do Psol, pediu ao Ministério Público Federal abertura de investigação contra os envolvidos no caso pelos crimes de corrupção passiva;
  • Bolsonaro negou ter pedido ou recebido as joias, e Michelle Bolsonaro ironizou a situação nas redes sociais.

Com essas informações, fica claro que o caso das joias trazidas ilegalmente ao país é grave e merece investigação para esclarecer as circunstâncias em que ocorreu.

Segundo o ministro Flávio Dino esses fatos relativos a joias, que podem configurar crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, serão levados na segunda-feira (6/3) à PF.

Economia

O ex-presidente Bolsonaro, por sua vez, jura que não cometeu ilegalidade. “Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão”, disse ele à CNN Brasil no sábado (4/3).

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