Milhares protestam em Londres pedindo cessar-fogo em Gaza

Milhares de manifestantes pró-Palestina reuniram-se na Praça do Parlamento, em Londres, neste sábado para pedir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Os manifestantes marcharam de Bank Junction até Westminster, muitos deles segurando cartazes com as palavras “Palestina Livre” e “Acabar com o cerco”.

Alguns manifestantes gritavam: “Um, dois, três, quatro, não há mais ocupação, cinco, seis, sete, oito, Israel é um estado terrorista”.

Eles também entoaram o polêmico slogan: “Do rio ao mar, a Palestina será livre”.

As informações são do The Guardian.

A Polícia Metropolitana disse que 13 manifestantes foram presos, principalmente por cartazes ofensivos.

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A polícia disse que uma mulher foi presa depois que a equipe especializada de monitoramento CCTV Voyager da força a identificou como procurada por um crime ocorrido em um protesto anterior, em 28 de outubro.

A decisão surge depois de o Reino Unido ter decidido abster-se numa resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, uma moção que foi vetada pelos EUA.

O libanês-americano Nadim Hussami, 44, disse que o governo deveria exigir um cessar-fogo.

“Eles deveriam pedir um cessar-fogo imediato e não vetar ou abster-se das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, disse ele.

Jocelyn Cruywagen, da África do Sul, disse que ninguém pode ser livre até que os palestinos sejam livres.

“Fomos oprimidos pelos brancos, como sul-africanos negros tivemos que lutar pelas nossas liberdades, ainda não somos totalmente livres”, disse ela.

“Leva muito tempo. As palavras de Mandela são: se os palestinos não forem livres, não podemos ser livres, o mundo não pode ser livre.”

Ela disse que o governo deve pedir um “cessar-fogo permanente”.

“Eles deveriam pedir que as terras fossem devolvidas aos palestinos”, acrescentou ela.

“O muro precisa cair.”

Kelly Hunter, 60 anos, disse que se sentia “desamparada” ao assistir ao noticiário.

“Eu participei de cada um deles, sou londrina”, disse ela.

“Sinto-me impotente, não consigo dormir à noite.”

Nos fins de semana anteriores, milhares de manifestantes e contramanifestantes convergiram para a capital.

Em Israel, milhares se manifestaaram pela devolução de reféns detidos pelo Hamas.

No dia 64 da Guerra em Gaza, foram mortos cerca de 18 mil palestinos, 50 mil feridos, 1,2 mil israelenses perderam a vida, enquanto 138 reféns ainda estão detidos pelo Hamas.

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