Lula se reúne com movimentos sociais por taxação dos super-ricos

Isso a Globo não mostra: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira (1º/10), em Brasília, de uma reunião com movimentos sociais para apoiar o Plebiscito Popular – Por um Brasil Mais Justo e Soberano. Na ocasião, Lula recebeu simbolicamente 1,5 milhão de votos pela taxação dos super-ricos, exibindo a placa ao lado do coordenador do plebiscito, Igor Felippe.

A iniciativa defende três pontos centrais: o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem corte de salários e a cobrança de impostos sobre grandes fortunas. Segundo os organizadores, a votação segue até 12 de outubro pelo site plebiscitopopular.org.br.

Lula destacou que a conquista não pode vir apenas de decretos, mas da mobilização popular:

“Se vocês quiserem a redução da jornada de trabalho, façam mobilização, façam abaixo-assinado e tragam para cá, para que seja uma conquista do movimento, e não uma doação”, disse.

O presidente também defendeu a justiça tributária como fonte de compensação para as medidas sociais:

“É mais fácil aprovar os cinco mil do que tirar um pouco mais de quem ganha muito nesse país. Esse ajuste na tabela do imposto de renda é um primeiro passo extraordinário, e estou convencido de que Câmara e Senado vão aprovar.”

Para Lula, a democracia só se fortalece quando a população participa diretamente das decisões. Ele alertou para os riscos do extremismo conservador e do negacionismo, lembrando que o país precisou reconstruir ministérios destruídos após 2018.

O presidente nacional do PT, Edinho SIlva, disse que o partido atuou de forma decisiva no plebiscito, associando a mobilização à luta contra a extrema direita. O líder da bancada, deputado Lindbergh Farias (RJ), acompanhou o ato do plebiscito.

O plebiscito popular coloca em debate temas estruturais de justiça social, como taxar super-ricos e reduzir a exploração da jornada de trabalho. O gesto de Lula ao receber 1,5 milhão de votos simboliza a aposta em uma democracia mais participativa e soberana. A votação segue até 12 de outubro.

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