Guilherme Boulos (PSOL) na dianteira com 32% das intenções de voto em SP

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), conhecido por sua liderança no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), sai na frente na primeira pesquisa do Datafolha, com 32% das intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo.

Essa dianteira reflete seu desempenho anterior na eleição municipal, onde chegou ao segundo turno.

Boulos, no entanto, enfrenta o desafio de expandir sua base de apoio e conquistar eleitores mais conservadores.

O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), marca 24% nas intenções de voto, demonstrando um desempenho modesto para sua posição.

Sua gestão enfrenta uma alta demanda por mudanças, com 79% dos entrevistados desejando uma nova direção para a administração.

No entanto, Nunes ganhou apoio ao desamarrar desconfianças de apoiadores nominais e se aproximar do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL).

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A deputada federal Tabata Amaral (PSB) e o também deputado Kim Kataguiri (União) emergem como figuras relevantes na disputa, com 11% e 8% das intenções de voto, respectivamente.

Tabata, com baixa rejeição e exposição ainda em crescimento, poderá mirar no centro e na centro-direita, enquanto Kim, que se destacou no Movimento Brasil Livre (MBL), busca consolidar sua presença política.

O ex-deputado Vinicius Poit, representando o partido Novo, apresenta um desempenho modesto, com 2% das intenções de voto.

Seu histórico na eleição passada não lhe garantiu grande visibilidade, mas Poit ainda tem tempo para crescer e se destacar no cenário eleitoral.

O perfil dos eleitos para a Prefeitura de São Paulo ao longo dos anos é notoriamente diverso, tornando difícil estabelecer um padrão claro.

Desde 1985, a cidade viu uma série de perfis ocupando o cargo, o que torna qualquer previsão uma tarefa desafiadora.

Para Boulos, um dos maiores desafios é expandir sua base de apoio, especialmente entre eleitores mais conservadores que podem não se sentir alinhados com suas credenciais esquerdistas.

Sua associação ao MTST também o coloca em uma posição delicada diante de certos segmentos do eleitorado.

O prefeito Ricardo Nunes pode contar com a máquina da prefeitura, o que lhe dá recursos para promover sua gestão por meio de obras e propaganda.

No entanto, ele também enfrenta um desejo significativo por mudanças na administração, o que pode impactar sua posição.

Tabata Amaral e Kim Kataguiri representam alternativas frescas ao centro político.

Ambos saíram de movimentos de formação de políticos que surgiram durante controvertida Operação Lava Jato, e estão buscando conquistar eleitores com suas perspectivas únicas.

A pesquisa do Datafolha revela que Boulos e Nunes enfrentam níveis semelhantes de rejeição, com 29% e 26% dos entrevistados afirmando que jamais votariam neles, respectivamente.

Kim Kataguiri lidera em rejeição, com 35% dos entrevistados expressando sua resistência ao seu nome.

Boulos enfrenta o desafio de mudar sua imagem de radical, resultado de seus anos como líder do MTST.

Sua alta visibilidade também contribui para uma alta rejeição, o que significa que ele precisa encontrar maneiras de atrair um espectro mais amplo de eleitores.

Ricardo Nunes aposta em sua imagem como tocador de obras pela cidade, buscando amenizar seu perfil mais discreto e conquistar o eleitorado.

Ele também está se aproximando do ex-presidente Bolsonaro, explorando o potencial apoio dessa base.

Tabata e Kim se destacam como alternativas jovens na corrida.

Ambos atraem eleitores entre 16 e 24 anos, mas enfrentam a necessidade de ampliar seu alcance para além desse nicho demográfico.

Ainda há muito tempo até as eleições, e as trajetórias desses candidatos podem mudar significativamente à medida que a campanha se desenrola.

As alianças políticas, estratégias de comunicação e eventos futuros podem influenciar drasticamente o resultado final.

A corrida pela Prefeitura de São Paulo em 2024 está apenas começando, e os cenários políticos podem evoluir de maneira imprevisível.

É crucial manter-se informado, analisando as propostas e a trajetória de cada candidato antes de tomar sua decisão nas urnas.

A disputa em São Paulo tem reflexo na corrida eleitoral em todas as capitais porque a maior cidade do país, além de abrigar gentes de todas as partes, reúne as contradições políticas inerentes desse momento vivido pelos brasileiros.

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