O governo do Paraná e o governo federal bateram o martelo na sexta-feira, dia 25 de agosto, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, durante o leilão de 473 km de rodovias federais e estaduais.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) conduziu o leilão do Lote 1 da Concessão Rodoviária do Paraná, marcando a volta do pedágio nas estradas paranaenses após dois anos do fim dos antigos contratos.
O grupo Pátria venceu o leilão ofertando um desconto de 18,25% nas tarifas de pedágio.
O consórcio arrematou 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná, que compreendem os trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.
O lote 1 terá cinco praças de pedágio (Imbituva, Irati, Porto Amazonas, São Luiz do Purunã e Lapa).
Esse novo lote atravessa diretamente 18 cidades (Prudentópolis, Porto Amazonas, Guamiranga, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Ipiranga, Ponta Grossa, Curitiba, Lapa, Irati, Palmeira, Campo Largo, Balsa Nova, Araucária, Contenda, Almirante Tamandaré e Colombo) que reúnem 3,06 milhões de habitantes, segundo o último Censo.
No próximo dia 29 de setembro, o governo do Paraná e o governo federal voltarão à B3 para leiloar o lote 2 das rodovias do estado: compreende 605 km de rodovias, com trechos da BR-153, BR-277, BR-369 e das rodovias estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855, abrangendo as regiões de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro.
Nesse lote 2, que ainda vai ao pregão, estão previstas sete praças de pedágio (São José dos Pinhais, Carambeí, Jaguariaíva, Sengés, Quatiguá e Jacarezinho com duas praças).
A extensa malha rodoviária do Paraná tem sido há muito cobiçada pelas concessionárias, que já atuaram no estado por 25 anos, em muitos casos sem executar obras previstas nos contratos.
Embora o leilão tenha sido festejado na B3, é válido questionar os impactos desse modelo na competitividade dos produtos paranaenses pelos próximos 35 anos.
O pedágio, quando não equilibrado adequadamente, pode aumentar os custos de produção e transporte, o que, por sua vez, pode afetar negativamente a competitividade dos produtos locais no mercado.
Em um momento de descontração, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), revelou que era colega de corrida de kart com o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), em Brasília, quando ambos eram deputados federais.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.