A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que criminosos e seus agentes financeiros temem a CPI do Crime Organizado e a PEC da Segurança Pública. Nas redes sociais, ela defendeu a investigação das facções e de suas conexões com a Faria Lima, eixo do sistema financeiro e da velha mídia corporativa.
A declaração surge após a eleição do senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, para presidir a CPI no Senado Federal, responsável por investigar facções, milícias e redes de lavagem de dinheiro. O comando progressista frustrou expectativa da oposição, que sonhava usar a comissão como arma eleitoral.
A ministra citou a nova etapa da Operação Carbono Oculto, que mirou estados do Piauí, Maranhão e Tocantins e desarticulou esquema de fraude de combustíveis e lavagem de dinheiro ligado ao PCC. Segundo Gleisi, trata-se do mesmo braço bilionário que foi atingido em agosto, envolvendo financeiras situadas na avenida Faria Lima, em São Paulo.
A investigação coordenada pela Polícia Federal e Receita Federal, com apoio de ministérios públicos e forças policiais estaduais, reforça a estratégia do governo Lula, do PT, de atacar o crime organizado pelo dinheiro, inteligência e cooperação federativa, modelo que contrasta com políticas de confronto armado que têm resultado em massacres no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A ministra exaltou a PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal, que fortalece a atuação integrada do Estado brasileiro sem abrir espaço para aventuras autoritárias. Ela disse que o medo real vem de quem financia o crime e usa o pânico social como ferramenta eleitoral.
Gleisi escreveu:
“Mais uma fase da Operação Carbono Oculto, desta vez no Piauí, Maranhão e Tocantins, desarticulou uma rede de fraude de combustíveis e lavagem de dinheiro da facção PCC. É parte do mesmo esquema bilionário envolvendo financeiras na Faria Lima que foi desmantelado no mês de agosto.
Mais uma vez, a Polícia Federal e a Receita agiram em coordenação com polícias estaduais e Ministério Público, seguindo o dinheiro sujo e usando a inteligência para prender os cabeças do crime.
É isso que propõe a PEC da Segurança Pública, sem demagogia e sem colocar em risco a soberania nacional. Quem tem medo da PEC da Segurança são os criminosos, seus agentes financeiros e os que exploram o medo com objetivo eleitoreiro.”
A fala ocorre no momento em que o governo federal critica operações com alto número de mortos em estados governados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o Rio de Janeiro e São Paulo, e reforça que combater facções exige Estado, lei e inteligência, não licença para matar.
O Planalto aposta que a CPI pode revelar o elo entre violência nos territórios periféricos e lavagem sofisticada no coração financeiro do país. A narrativa enfrenta resistência de setores da velha imprensa e de líderes da direita, interessados em rotular medidas de controle e cooperação como “politização da segurança”.
Para o governo, o foco deve ser transparência, rastreamento financeiro e soberania nacional. A conta, segundo interlocutores, está chegando para quem sempre lucrou com caos e medo.
A democracia pede luz, não tiroteio, finaliza Gleisi.

Jornalista e Advogado. Especialista em política nacional e bastidores do poder. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.






Mesmo com a CPI em curso a POLÍCIA FEDERAL tem que estar em OPERAÇÃO. Investigar PROFUNDAMENTE a ‘matança’ de claudio de castro – ele já, em bravatas, promete mais 10 operações circunstanciadas. Urge decretar INTERVENÇÃO EFETIVA E RESPONSÁVEL no Rio de Janeiro e, até mesmo o afastamento do responsável da tragédia,,,