Genial/Quaest revela divisão no País: Bolsonaro e as percepções pós-manifestação

Maioria expressiva de 53% dos entrevistados não considera as investigações em curso como uma perseguição ao ex-presidente

Três dias após a polêmica manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 25 de fevereiro, uma pesquisa exclusiva da Genial/Quaest traz à tona percepções divergentes sobre o evento e suas repercussões. Os resultados revelam um Brasil dividido, com opiniões contrastantes sobre o papel do ex-presidente, as investigações em curso e o impacto do ato na política nacional.

A maioria expressiva de 53% dos entrevistados não considera as investigações em curso como uma perseguição ao ex-presidente. Esse dado desafia a narrativa que sugere uma possível vitimização de Bolsonaro no cenário político.

Um aspecto intrigante da pesquisa é a percepção sobre a participação de Bolsonaro em um suposto plano de golpe. Para 47% dos entrevistados, o ex-presidente teria participado de tal plano, enquanto 40% discordam dessa visão. Essa divergência reflete a polarização política que continua a influenciar as opiniões dos brasileiros.

A pesquisa também abordou a decisão de tornar Bolsonaro inelegível, e 51% dos entrevistados julgam essa medida como correta. Isso evidencia a complexidade das opiniões sobre a elegibilidade do ex-presidente, refletindo debates sobre a legalidade de suas ações e posicionamentos.

A divisão de opiniões também se estende à justiça de prender Bolsonaro. Enquanto 50% dos entrevistados acreditam que seria justo prendê-lo, 39% discordam dessa perspectiva. Esse embate reflete a polarização ideológica e a interpretação divergente das ações do ex-presidente.

Economia

Michelle e Bolsonaro se beijam na Avenida Paulista. Foto: reprodução/YT
Michelle e Bolsonaro se beijam na Avenida Paulista. Foto: reprodução/YT

A grandiosidade da manifestação na Avenida Paulista é inquestionável, com expressivos 68% dos entrevistados a considerando como tal. Contudo, a visão sobre a legalidade do evento também é destacável, já que 56% acreditam que tudo transcorreu dentro dos limites da lei.

A pesquisa indaga sobre o impacto do ato do dia 25 nas investigações em curso envolvendo Bolsonaro. Surpreendentemente, 48% acreditam que o evento não terá influência no ritmo das investigações, enquanto 34% acreditam que o inquérito será acelerado. Essa divergência de expectativas revela incertezas sobre o desdobramento das investigações.

Um aspecto relevante da pesquisa é a forma como as pessoas se informam sobre política. Os resultados mostram que os que se informam pela mídia tradicional têm uma visão predominante sobre Bolsonaro participando de um plano de golpe e sendo vítima de perseguição, enquanto os que preferem redes sociais têm opiniões divergentes. Essa dicotomia reflete as diferentes narrativas que circulam nos meios de comunicação.

A pesquisa realizada presencialmente ouviu 2.000 pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, garantindo uma amostra significativa. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, assegurando confiabilidade nos resultados apresentados.

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