A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou à Polícia Federal nesta quarta-feira (26/4) que Bolsonaro estava sob efeito de medicamentos quando compartilhou um vídeo com informações falsas, questionando o resultado da última eleição. Após a publicação nas redes sociais, Bolsonaro tornou-se alvo de um inquérito que investiga os responsáveis pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O processo está sendo relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o ex-ministro e advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, Bolsonaro repudiou os protestos violentos que ocorreram em Brasília. Ele também afirmou em depoimento à PF que a intenção era enviar o vídeo pelo WhatsApp, não publicá-lo no Facebook. A postagem foi excluída cerca de duas horas após sua publicação. Na ocasião, Bolsonaro havia recebido alta após ser internado com fortes dores abdominais nos Estados Unidos, onde teria sido medicado com morfina, segundo seus advogados.
Wajngarten alegou que a postagem no Facebook por meio do celular ocorre com “meros dois cliques” e que Bolsonaro confundiu o botão para salvar o vídeo com o botão para publicá-lo. “A mecânica de postagem se dá com meros dois cliques. A gente juntou ao depoimento um vídeo ilustrativo sobre como se dá a postagem”, disse o ex-ministro.
Ou seja, Bolsonaro imitou a personagem de Chaves: foi sem querer, querendo…
No vídeo compartilhado pelo ex-presidente, um procurador do estado de Mato Grosso do Sul divulga teses já desmentidas sobre as eleições de outubro, afirmando, por exemplo, que o povo brasileiro não tem “poder” sobre o processo de apuração dos votos. O depoimento de Bolsonaro à PF sobre os atos golpistas durou mais de duas horas.
A oitiva do ex-mandatário na sede da PF, em Brasília, foi a segunda no local em menos de um mês. Em 5 de abril, ele foi ouvido pela PF por 2h30 para explicar sobre as joias que ganhou de presente da Arábia Saudita.
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