Estados Unidos atacam novamente posições Houthis no Iêmen

Análise da situação no Oriente Médio: impacto limitado dos ataques dos EUA e a persistente crise humanitária

Os Estados Unidos voltaram a realizar ataques aéreos neste sábado (13/1) contra alvos dos Houthis no Iêmen, incluindo um ataque a uma base militar em Sanaa.

Contudo, segundo Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthis, esses ataques não tiveram impacto significativo na capacidade do grupo de continuar a impedir a passagem de navios afiliados a Israel pelo Mar Vermelho e Mar da Arábia.

Apesar da ausência de feridos ou perdas materiais no último ataque americano, realizado na sexta (12/1), as autoridades dos Houthis, como Nasruldeen Amer, anunciaram uma “resposta forte e eficaz” aos ataques.

Este posicionamento reforça a narrativa de resistência e resiliência do grupo frente às intervenções estrangeiras.

Os Houthis fazem uma barreira no Mar Vermelho para impedir a passagem de navios com bandeiras de países ligados a Israel, em virtude da Guerra em Gaza que entrou hoje no dia 99.

Economia

O Iêmen promete resposta militar aos Estados Unidos. Foto: reprodução.

Paralelamente, à crise humanitária no Oriente Médio se agrava com o aumento do número de vítimas palestinas em decorrência dos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza divulgou um comunicado afirmando que um total de 23.843 palestinianos foram mortos e 60.317 ficaram feridos desde 7 de outubro.

Do lado israelense, são 1.300 mortos e 133 reféns detidos pelo Hamas.

Segundo as autoridades de saúde e resgate, mais de 30 palestinos, incluindo crianças, foram mortos nas últimas operações.

A situação nos hospitais de Gaza é crítica, com a falta de combustível ameaçando o funcionamento de serviços essenciais, como ventiladores e incubadoras.

Isso coloca em risco a vida de pacientes, especialmente em um momento onde o número de feridos está em ascensão.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) tem prestado assistência médica a 4.800 pacientes e indivíduos feridos na parte sul da Faixa de Gaza.

Isso mostra um esforço contínuo das organizações humanitárias para mitigar o impacto da crise na região.

Organizações internacionais como a Global Justice Now criticaram as ações dos EUA e do Reino Unido no Iêmen, acusando-os de adotarem uma política de “bombardear primeiro, pensar depois”.

Essa abordagem é vista como um catalisador para o aumento do conflito e da violência na região.

A situação no Oriente Médio demanda uma abordagem mais diplomática e centrada nas necessidades humanitárias.

As operações militares, longe de resolver os conflitos, parecem apenas agravar a crise humanitária e aumentar a resistência de grupos como os Houthis.

Portanto, os recentes acontecimentos no Oriente Médio mostrado neste texto destaca a interconexão entre os ataques militares, a resiliência dos grupos locais, a crise humanitária e a necessidade de uma abordagem mais focada em diplomacia e ajuda humanitária.

Para entender melhor esses conflitos e guerras, continue ligado no Blog do Esmael.

Sobre o Iêmen: que país é esse?

O Iêmen é estrategicamente posicionado na Penísula da Arábia.

O Iêmen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia.

É limitado a norte pela Arábia Saudita, a leste por Omã, a sul pelo mar da Arábia e pelo golfo de Adem, do outro lado do qual se estende a costa da Somália e a oeste pelo estreito de Babelmândebe, que o separa de Jibuti, e pelo mar Vermelho, que providencia uma ligação à Eritreia.

Além do território continental, o Iémen inclui também algumas ilhas situadas ao largo do Corno de África, das quais a maior é Socotorá.

A capital e cidade mais populosa do país é Saná.

O Iêmen possui população total de 27 milhões, enquanto seu PIB (Produto Interno Bruto) é estimado em 100 bilhões de dólares (valores de 2017).

Já o PIB dos Estados Unidos é de 23 trilhões de dólares e do Reino Unido 3 trilhões de dólares, ambos os países participaram das campanhas de bombardeamento aos iemenitas.

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