Pesquisa aponta Erika Hilton como surpresa em SP; Tarcísio lidera

Erika Hilton surpreende em SP e Tarcísio adia o Planalto

Erika Hilton (PSOL-SP) ganha tração como um dos nomes mais comentados na nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas sobre o governo paulista. A deputada, associada à luta por direitos sociais e defensora da PEC que propõe o fim da jornada 6×1, aparece com até 10,8% das intenções de voto — desempenho que acende o alerta no ninho progressista e desafia o favoritismo de nomes tradicionais.

Do outro lado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue isolado na dianteira, o que indica que o plano presidencial fica mesmo para 2030. A leitura política nos bastidores é clara: se a reeleição no Bandeirantes está praticamente assegurada, por que arriscar uma corrida nacional contra Lula ou um bolsonarismo remanescente?

Kassab acerta: Tarcísio segue no jogo paulista

A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (6), reforça os rumores antecipados por Gilberto Kassab, secretário de Governo e articulador de primeira linha do PSD. O dirigente tem apostado todas as fichas na reeleição de Tarcísio para pavimentar o caminho de uma candidatura à Presidência em 2030 — com ele, Kassab, como possível vice ou maestro do jogo paulista nas eleições de 2026.

Com 46,5% no cenário estimulado e 18,8% no espontâneo, Tarcísio tem vantagem expressiva sobre todos os adversários. Mesmo se nomes como Geraldo Alckmin (PSB) forem testados, o governador mantém mais de 20 pontos de frente.

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Saiba mais: O feito (e efeito de Erika) | Artigo de Luiz Manfredini

França, Hilton e Manga disputam o segundo lugar

Com a liderança de Tarcísio consolidada, a disputa de verdade está na segunda colocação — espaço precioso para uma eventual virada de jogo ou composição de alianças.

• Márcio França (PSB), ex-governador e atual ministro, oscila entre 11,9% e 21,8%, mostrando resiliência.
• Erika Hilton, representando uma nova geração, já crava dois dígitos e se firma como nome promissor entre eleitores jovens e progressistas.
• Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de Sorocaba, pontua até 11,7%, com base sólida no interior e no eleitorado conservador.

A leitura política é que, se a esquerda quiser chegar ao segundo turno, precisará decidir rápido entre Hilton e França.

Senado em SP: polarização entre Haddad e Eduardo Bolsonaro

A disputa pelas duas vagas ao Senado paulista também começa a se desenhar com contornos dramáticos. Eduardo Bolsonaro (PL) lidera com 36,5%, seguido de Fernando Haddad (PT) com 32,3% — uma polarização entre a direita lavajatista e o campo progressista, que espelha o clima nacional.

Outros nomes na disputa: Capitão Derrite, Ricardo Salles, Mara Gabrilli e Luiz Marinho, compondo um leque que vai do bolsonarismo raiz ao centro democrático.

Kassab joga xadrez com peças nacionais

A estratégia do PSD é visível até para quem não frequenta os bastidores: manter Tarcísio forte em São Paulo, preservar a neutralidade nacional e negociar apoio caso a disputa presidencial de 2026 se mostre indecifrável no segundo turno.

Com o PSD liberado nos estados, Kassab ganha fôlego para conversar com Lula, Bolsonaro e até com possíveis outsiders. Ao garantir o maior colégio eleitoral do país, o partido se credencia como fiel da balança no próximo ciclo.

Paraná Pesquisas: 2026 define 2030

A pesquisa do Paraná Pesquisas não apenas mede intenções de voto, mas antecipa movimentos de bastidores. A consolidação de Tarcísio no comando de SP significa mais que um eventual segundo mandato: é o início calculado de uma campanha presidencial embalada por números robustos e acordos silenciosos.

No entanto, a força emergente de Erika Hilton — e o desempenho resiliente de França e Manga — mostram que a eleição ainda está em aberto no campo adversário.

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