Enquanto o senador Sergio Moro (União-PR) continua no bico do corvo, com ameaça de cassação no TRE-PR, partidos políticos projetam que uma dessas três mulheres poderá assumir a vaga do ex-juiz da Lava Jato: Gleisi Hoffmann (PT), Rosângela Moro (União) e Michelle Bolsonaro (PL).
A ironia dessa história é que Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, está prestes a ser julgado no Tribunal Regional do Paraná pelos crimes de caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2022 – justamente os ilícitos assemelhados aos que acostumava apontar em seus antigos réus.
Moro irá depor presencialmente no próximo dia 16 de novembro na corte eleitoral paranaense.
A situação do ex-juiz da Lava Jato se equipara ao sujeito que está no bico do corvo, qual seja, o quadro é dramático e complicadíssimo.
Nas últimas horas, para azedar ainda mais o arroz doce, um e-mail vazado do departamento jurídico do União Brasil corrobora as ações movidas pelo PT e PL na Justiça Eleitoral.
A advogada Amanda Prandino, respondendo a uma solicitação do departamento financeiro da União Brasil, apontou a ausência de um contrato formal com uma empresa de segurança que prestou serviços a Moro.
Isso, segundo Prandino, poderia configurar uma campanha antecipada, uma vez que os gastos com segurança poderiam ser interpretados como investimento no candidato, em busca de vantagens eleitorais.
A questão central é a alegação do PT e do PL de que Moro excedeu o limite de gastos permitidos durante a pré-campanha, gastando mais do que o teto estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto o TSE estipulou um limite de R$ 4,4 milhões, Moro declarou ter gasto R$ 5,1 milhões em sua campanha.
A evidência do alerta interno reforça a alegação de campanha antecipada, tornando essa disputa jurídica mais difícil para a defesa do senador.
Moro justificou os gastos com segurança como necessários para sua integridade física, não como uma vantagem eleitoral.
No entanto, o debate se estende além dos gastos, visto que a pré-campanha se estendeu até o início oficial das campanhas eleitorais, em 16 de agosto do ano eleitoral.
Os tribunais eleitorais têm se atentado aos indicativos de campanha antecipada.
O depoimento de Moro perante o TRE-PR em 16 de novembro promete adicionar mais complexidade a essa narrativa política em constante evolução.
As implicações dessa disputa podem reconfigurar o cenário político e eleitoral do Paraná.
Enquanto o foco se mantém na batalha legal, a vaga no Senado que pertence a Moro se torna o epicentro de uma disputa acirrada, com a possível entrada na corrida de figuras como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a deputada e esposa do ex-juiz, Rosangela Moro, e a presidenta nacionald o PT Gleisi Hoffmann.
A mudança de domicílio eleitoral de Janja Moro e a disputa judicial só acrescentam mais intriga a essa emocionante narrativa política, capaz de atrair mais atenção do que as séries do Netflix.
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Dizem que errar é humano, mas, errar duas vezes é burrice. Rosangela e Michelle é muita burrice. Uma virou deputada federal por São Paulo a outra vive envolvida em maracutais com seu maridos inelegível. Pior que ainda vai ter gente votando nelas. Que o bom senso prevaleça e que o paranaense tenha no mínimo vergonha na cara. Das três a menos pior é a Gleisi, mas, mesmo assim, podemos ter melhores opções até lá.