Donald Trump enfrenta acusações em Washington e pode ficar inelegível; entenda

No mais recente desenvolvimento das acusações em torno do ex-presidente americano Donald Trump, ele deixou sua casa em Bedminster, Nova Jersey, e está a caminho de Washington para responder por supostos esforços para fraudar a eleição de 2020. Esse é um marco importante no cenário político dos Estados Unidos, e a nação está atenta aos desdobramentos dessa situação.

O ex-presidente está atualmente em rota para o Aeroporto Nacional Reagan (DCA) de Washington, onde suas impressões digitais serão registradas no tribunal distrital federal antes de sua acusação, marcada para hoje. A audiência será supervisionada pela juíza Moxila Upadhyaya e ocorrerá apenas a poucos quarteirões do edifício do Capitólio, local onde ocorreu o trágico motim de 6 de janeiro de 2020.

Donald Trump é esperado para declarar sua inocência das acusações que incluem conspiração para fraudar os Estados Unidos, bem como outros crimes relacionados à sua busca por subverter os resultados das eleições presidenciais de 2020. Esse caso tem gerado grande interesse público e será acompanhado de perto pela mídia e pela população em geral.

Uma das perguntas que surgiram em meio a essas acusações é se elas impedirão Trump de concorrer novamente à presidência.

Segundo a Constituição dos Estados Unidos, os condenados por um crime não são proibidos de concorrer, o que significa que, teoricamente, ele ainda poderia ser candidato.

No entanto, existe um possível caminho para bloqueá-lo com base na 14ª emenda da Constituição, que estabelece que alguém que tenha se engajado em “insurreição ou rebelião” contra o país não pode ocupar o cargo.

Economia

Ou seja, Trump poderá se tornar inelegível a exemplo de seu amigo brasileiro e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já há ativistas se mobilizando em vários estados para apresentar processos civis com o objetivo de desqualificar Trump com base na 14ª emenda.

Estados como Geórgia, Colorado, Oregon, Nevada e Califórnia estão entre aqueles onde há esforços nesse sentido.

Richard Hasen, especialista em leis eleitorais da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, acredita que as novas acusações fortalecerão o caso para a desqualificação de Trump sob essa emenda.

Um precedente foi estabelecido no Novo México, onde um juiz usou a 14ª emenda para remover um comissário do condado de seu cargo após ser considerado culpado por acusações federais relacionadas ao motim de 6 de janeiro.

O grupo de vigilância “Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington (Crew)”, já anunciou planos de abrir processos civis para desqualificar Trump com base nessa emenda, independentemente do resultado das acusações criminais em curso.

Em suma, as acusações enfrentadas por Donald Trump representam um ponto crucial na história política dos Estados Unidos.

À medida que ele enfrenta essas alegações, o país aguarda com expectativa as implicações legais e políticas desse caso.

O desfecho dessa situação pode ter um impacto significativo no futuro político do ex-presidente e nas perspectivas de sua possível candidatura presidencial.

O mundo está de olho em Washington e nas decisões que moldarão o rumo da política norte-americana. Bolsonaro, por motivos óbvios, não descola os olhos do celular.

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