Disputa política e eleitoral permeia a manutenção de escolas cívico-militares pelos governadores do PR e SP, confrontando a decisão de desmilitarização de Lula

A manutenção das escolas cívico-militares pelos governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, vai além de uma questão pedagógica. Esses gestores estão protagonizando um embate político e eleitoral ao confrontarem a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de encerrar o programa nacional dessas instituições de ensino.

O posicionamento desses governadores em relação às escolas cívico-militares revela uma motivação mais política do que pedagógica, indicando uma disputa pela herança do bolsonarismo e uma busca por representatividade da direita nas eleições presidenciais de 2026, haja vista a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o anúncio do presidente Lula sobre o término do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), Ratinho Jr. manifestou sua intenção de manter 12 escolas sob comando da Polícia Militar do Paraná, mesmo que isso represente um custo para o tesouro estadual. Essa postura desafiadora em relação a Lula tem como objetivo atrair a atenção e o apoio do bolsonarismo, já que Ratinho Jr. busca se posicionar como uma liderança da direita nas próximas eleições presidenciais.

Seguindo a mesma linha, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, adotou um discurso desafiador ao afirmar que irá editar um decreto para estabelecer o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar o número de unidades com esse formato. Essa postura evidencia a intenção de Tarcísio de Freitas de se posicionar como uma figura de destaque no campo conservador, buscando angariar votos e apoio para uma possível candidatura presidencial em 2026.

Com o suposto enfrentamento a Lula, o governador de São Paulo tenta resgatar alguns pontos perdidos com a extrema direita ao apoiar a reforma tributária na Câmara.

É importante ressaltar que a decisão de Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas de manterem as escolas cívico-militares vai contra à recomendação de especialistas que apontam a pouca efetividade desse modelo do ponto de vista pedagógico. Além disso, o programa federal atinge menos de 0,1% das unidades de ensino básico do país, demonstrando um alcance limitado.

Economia

A motivação por trás da manutenção das escolas cívico-militares está diretamente relacionada à disputa política e eleitoral. Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas buscam se posicionar como representantes da direita, almejando herdar os votos e o apoio do eleitorado bolsonarista, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível até 2030. A luta pela herança do bolsonarismo é claramente evidenciada na decisão desses governadores, que estão se posicionando como possíveis candidatos presidenciais em 2026.

A manutenção das escolas cívico-militares pelos governadores Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas em confronto com a determinação de desmilitarização das escolas por parte do presidente Lula revela uma disputa política e eleitoral pela herança do bolsonarismo.

Portanto, a decisão dos governadores do Paraná e de São Paulo demonstra uma motivação mais política do que pedagógica, contrariando a recomendação de especialistas. Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas estão lutando para representar a direita nas eleições presidenciais de 2026, buscando se posicionar como herdeiros políticos de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

No entanto, pela esquerda, políticos e ativistas expressaram nas redes sociais que foi por isso – a desmilitarização das escolas – que eles fizeram o L nas eleições de 2022. “Foi por isso que eu fiz o L”, era comum essa frase entre os apoiadores do presidente Lula.

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2 Respostas para “Disputa política e eleitoral permeia a manutenção de escolas cívico-militares pelos governadores do PR e SP, confrontando a decisão de desmilitarização de Lula”

  1. Em 2026, se não for o Presidente Lula tentar o quarto mandato, com certeza Haddad, será seu sucessor com certeza. Podem este dois Tarcísio de Ratinho Jr tentarem um protagonismo que não terão, afinal o povo brasileiro não se resume a 20% de debilóides. O povo brasileiro são pessoas sensataz que colocaram o Bolsonaro para correr do Planalto.

  2. Engraçado né… para dar o reajuste da inflação o governador não tem dinheiro, “medidas de austeridade” e blablablá… mas quanto vai custar isso, agora q o governo federal não vai repassar dinheiro? só pra mamata mesmo de militar q se aposentou com 48 anos ter seu salário dobrado

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