A desistência de Abraham Weintraub (PMB), em SP, é o esforço concentrado do bolsonarismo para levantar Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A disputa pelo Palácio Bandeirantes é liderada pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que, a exemplo de Lula, pode vencer no 1º turno.
Em abril de 2022, o Blog do Esmael “cantou a bola” sobre o papel de Weintraub nestas eleições:
A pré-candidatura de Abraham Weintraub na disputa pelo governo de São Paulo teria a função política de “ajudar” o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (Republicanos), pupilo do presidente Bolsonaro.
O objetivo seria tirar de Tarcísio a pecha de candidato “extremista” que adversários tentam colar nele, tal qual tentou – com certo êxito – Marine Le Pen, a candidata extremista derrotada na França.
No Partido da Mulher Brasileira, Weintraub quer ser o “Eric Zemmour” na eleição pelo governo de SP.
O ex-ministro da Educação disse que agora irá concorrer à Câmara Federal.
Weintraub tinha 1% de intenção de voto na corrida pelo governo de São Paulo.
O bolsonarista Abraham Weintraub explicou a desistência numa videoconferência:
-A direita de verdade, conservadora, está sem voz hoje. Nós não podemos correr o risco de não poder ter uma base representando a gente lá [no Congresso]. É nesse sentido que eu estou mudando a minha candidatura de governador para deputado federal, e o Arthur de senador para deputado federal também.
Caso haja segundo turno em SP, Tarcísio Freitas vai disputar o ingresso na etapa seguinte com o governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Ou seja, o bolsonarismo está juntando moedas para sobreviver 2022.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.