O TikTok não é apenas um aplicativo de dança infantil. Embora muitas pessoas acreditem que a plataforma é usada apenas para realizar desafios de dança frívolos, a dança no estilo TikTok tornou-se mais profissionalizada e tem conquistado espaço além da página “For You” do usuário médio.
Além disso, como você pode assistir abaixo, a aplicação virou ferramenta política no Brasil. Vide o caso do deputado Hussein Bakri (PSD), líder do governo Ratinho Jr. (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Ele usa os rebolados sensuais, no estilo Sidney Magal, para driblar a oposição no parlamento e garantir as pautas do Palácio Iguaçu.
A dança do TikTok passou por uma evolução significativa nos últimos anos e, embora alguns criadores de conteúdo em Washington se distanciem da cultura de dança do aplicativo, a dança no estilo TikTok provou ser influente muito além dos limites da plataforma, sendo considerada um marcador de cultura.
Essa história é contada pelo jornal americano The New York Times, o maior do mundo.
A dança no TikTok tornou-se um fenômeno mainstream [corrente dominante] durante a pandemia, quando muitas pessoas estavam bloqueadas em casa e sem saídas para performance e conexão social. A dança no aplicativo tornou-se mais específica e mais profissionalizada, com um grupo diversificado de artistas de dança que encontraram novas maneiras de serem criativos com o formato de vídeo curto do aplicativo.
[Eu ainda acrescentaria: o mundo político também se apropriou dessa ferramenta e da dancinha no TikTok.]
A dança hoje no TikTok é “um pouco mais rara e também um pouco mais especial”, disse Analisse Rodriguez, uma dançarina profissional e uma das primeiras a adotar o TikTok, que agora tem 11 milhões de seguidores.
Embora a proibição do TikTok possa ser uma ameaça para os criadores de dança nos Estados Unidos, a dança do TikTok já se infiltrou na cultura popular, e suas qualidades de assinatura já remodelaram outras plataformas sociais, o mundo da dança profissional e ideias ainda mais amplas sobre o papel da dança.
Pamela Krayenbuhl, professora assistente de estudos de cinema e mídia na Universidade de Washington Tacoma, afirmou que “essa estética que se desenvolveu diretamente no TikTok está se tornando danças vernaculares, e eles terão poder de permanência além da vida e da morte do próprio aplicativo”.
Se o TikTok fosse proibido no Brasil, ironizam deputados da situação na ALEP, o colega Hussein Bakri saltaria para o lado da oposição.
Para tranquilizar estibordo e bombordo, não há no Brasil essa discussão de proibir o TikTok. Até porque o governo Luiz Inácio Lula da Silva embarcará na semana que vem para a China e essa visita tem o objetivo de aprofundar as relações comerciais com o país asiático.
O TikTok é um aplicativo de vídeos curtos surgido na China há pouco mais de seis anos. No mundo, são 1,05 bilhão de usuários, enquanto o Brasil tem cerca de 80 milhões de usuários – um deles o governista deputado estadual Hussein Bakri (PSD-PR).
A dança no TikTok na política do Brasil:
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.