A tensão no Oriente Médio atinge um ponto crítico, com o Hamas respondendo à proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA e Israel. Muhhamed Nazzal, do comando político do Hamas, afirmou à Al Jazeera que a contraproposta do grupo é mais específica e estabelece prazos. “Esses prazos foram especificados pelo próprio Hamas”, disse Nazzal.
Conforme o rascunho de cessar-fogo em três fases, reféns seriam trocados por 1.500 prisioneiros palestinos, os restos mortais dos reféns mortos seriam entregues, e as forças israelenses se retirariam completamente.
O Hamas destaca que nenhum detalhe de sua contraproposta pode ser comprometido, exigindo o fim da “máquina de morte israelense” e a retirada completa das forças de ocupação de Israel da Faixa de Gaza. O grupo expressa preocupação com a falta de comprometimento sério por parte de Israel e inclui uma cessação permanente no segundo estágio do acordo para testar a seriedade israelense.
A proposta ainda prevê cessar-fogo de 135 dias (quatro meses), período em que seriam silenciadas as armas na Faixa de Gaza com o objetivo de encerrar o conflito.
Cinco partes foram escolhidas como “fiadoras” em caso de acordo de trégua: Catar, Egito, Turquia, Rússia e a ONU. Nazzal ressalta a expectativa de negociações, acreditando que quaisquer obstáculos podem ser superados durante o processo para alcançar um acordo final.
Em relação ao comentário do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre a contraproposta do Hamas, Nazzal respondeu: “Não esperamos do presidente americano uma declaração melhor. Ele é totalmente tendencioso e fez parte da guerra travada em Gaza, fornecendo cobertura política e legal para os israelenses.”
O Hamas busca uma decisão final da administração dos EUA: “Eles estão dispostos a continuar a guerra ou desejam um cessar-fogo permanente?”
Principais eventos:
- Posicionamento da ONU: A representante especial da ONU, Jeanine Hennis-Plasschaert, destaca a crise no Oriente Médio como “um ponto crítico” durante seu discurso no Conselho de Segurança. Apela à restrição e destaca a importância de um ambiente favorável para a estabilidade no Iraque.
- Proposta abrangente do Hamas: Em resposta ao plano de cessar-fogo israelense apoiado pelos EUA, o Hamas apresenta um plano de três fases, incluindo a troca de reféns, reconstrução de Gaza e retirada completa das forças israelenses.
- Ações de Israel: O exército israelense relata ter matado dezenas de militantes palestinos em Gaza nas últimas 24 horas. Além disso, ataques aéreos israelenses sobre Homs, na Síria, são acusados de causar baixas civis.
- Complicações nas negociações: O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, busca avançar nas negociações de cessar-fogo, mas tanto Israel quanto o Hamas permanecem firmes em suas demandas, prolongando o conflito.
- Ataques a comboios humanitários: A UNRWA denuncia o terceiro ataque a seus comboios humanitários levando alimentos para Gaza, enquanto a crise humanitária na região se agrava.
A situação no Oriente Médio permanece fluida, com desdobramentos imprevisíveis enquanto as partes envolvidas buscam uma resolução para a crise em Gaza. Esteja atento para atualizações contínuas sobre os eventos na região.
A Guerra em Gaza entrou no dia 124, desde 7 de outubro, com 27 mil palestinos mortos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Na lata para Israel e EUA tem que ter guerra sempre para alimentar a indústria da guerra isso que alimenta a economia dos EUA
Por cada refem Israelita são entregues ao Hamas 13 criminosos.
Faz sentido… só que não.