Os senadores da comissão de inquérito acreditam que nos depoimentos dos ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Eduardo Pazuello (Saúde), nesta semana, a cada enxadada poderá sair muitas minhocas. Por isso eles planejam mirar os interrogatórios na compra de cloroquina pelo governo Jair Bolsonaro.
O dito tratamento precoce virou assunto proibido no Palácio do Planalto após a instalação da CPI da Covid. A palavra “cloroquina”, então, se pronunciada, é considerada uma blasfêmia.
A comissão de inquérito quer tirar “leite de pedra” durante o depoimento de Pazuello, sem que os senadores extrapolem o que decidiu o STF –que garantiu o direito ao silêncio do ex-ministro da Saúde nos temas que ele considerar que pode incriminá-lo.
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O governo teme que Pazuello e Araújo falem mais do que devem por falta de habilidade política e pelo perfil explosivo, segundo relata a Folha.
O general era responsável na Saúde pela compra das vacinas e o ex-chanceler tinha a tarefa de facilitar o trânsito com os países produtores de imunizantes, a exemplo da China. Ambos fracassaram em sua tarefa mister, por isso foram defenestrados dos cargos.
O Blog do Esmael vai transmitir os dois depoimentos, na terça-feira (Ernesto Araújo) e na quarta (Pazuello).
Bolsonaro já foi maestro da musiquinha ??Cloroquina, Cloroquina… Cloroquina de Jesus…?? Mas o presidente jura que nunca fez propaganda para o remédio ineficaz. pic.twitter.com/1FVzupiW0T
— Blog do Esmael – Ao Vivo (@esmaelmorais) May 16, 2021
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.