Covid-19: Brasil deve passar de 30 mil mortos no balanço desta segunda-feira, 01/06

O Brasil atingiu o número de 29.314 óbitos no balanço do Ministério da Saúde divulgado na noite de domingo (31). O país vem registrando cerca de mil mortes diárias, portanto deve ultrapassar 30 mil no balanço que costuma ser publicado depois das 19 horas.

O nosso país ultrapassou ontem a barreira de meio milhão de casos de coronavírus e fica atrás somente dos Estados Unidos, com 1,7 milhão de casos, segundo balanço global feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins.

Veja o gráfico com os casos da Covid-19 no mundo:

Gráfico do Google com dados de domingo (31).

O Brasil registra 206.555 pessoas curadas da Covid-19. O número representa 40% do total de casos registrados no país (514.849). Outras 278.980 pessoas seguem em acompanhamento médico. As informações foram atualizadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 19h deste domingo (31).

Economia

Cerca de dois mil municípios do país não possuem casos de coronavírus e 70% das cidades não registram nenhum óbito pela doença.

Com Agências.

Mercado financeiro prevê queda de 6,25% na economia este ano

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano chegou a 6,25%. Essa foi a 16ª revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,89%.

A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

LEIA TAMBÉM
Curitiba tem ato anti-racista nesta segunda na Santos Andrade; ‘Vidas negras importam’

Lei das Fake News ameaça a neutralidade da internet, diz Estadão

Brasil ultrapassa meio milhão de casos de coronavírus

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão da semana passada. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Dólar
A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,40. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,08, contra R$ 5,03 da semana passada.

Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC continuam a reduzir a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela 12ª vez seguida, ao passar de 1,57% para 1,55%.

Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,14% para 3,10%. A previsão para os anos seguintes – 2022 e 2023 – não teve alterações: 3,50%.

A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, a mesma previsão da semana passada. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa caia para esse patamar (2,25% ao ano) na reunião do Copom deste mês, marcada para os dias 16 e 17 e nas reuniões seguintes ao longo deste ano seja mantida pelo comitê.

Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,38% ao ano. A previsão da semana passada era 3,29%. Para o fim de 2022 e de 2023, as instituições financeiras mantiveram as previsões anteriores para a taxa anual: 5,13% e 6%, respectivamente.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil em Brasília.