China lança ofensiva diplomática em busca do fim da guerra na Ucrânia

Presidente Lula também visitará a China daqui um mês; ele se encontrará com Xi Jinping no dia 28 de março

Não é só o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva que está ampliando esforços para encontrar a paz entre Rússia e Ucrânia. A China de Ji Xinping também lança uma ofensiva diplomática sem precedentes em busca do fim da guerra na Ucrânia.

O jornal Global Times, órgão de informação do governo e do Partico Comunista da China, em inglês, relata que mais líderes europeus visitarão o país asiático em busca de ‘terreno comum’ para a crise na Ucrânia.

Segundo a publicação chinesa, vários líderes europeus planejam visitar a China nas próximas semanas ou meses para discutir negócios de alto nível e cooperação prática na recuperação pós-pandêmica do país e, mais importante, na crise da Ucrânia.

O presidente da Bielorússia, Alexander Lukashenko, fará uma visita de Estado à China, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, planeja visitar o país em abril e pedir ajuda à China para pressionar a Rússia sobre a guerra na Ucrânia.

Embora a China e a Europa tenham opiniões diferentes sobre o assunto, os especialistas chineses acreditam que ambas as partes podem encontrar um terreno comum para melhorar a comunicação e a coordenação.

Economia

A Bielorússia pode desempenhar um papel importante na crise da Ucrânia, dada sua posição geopolítica e localização, e a China está disposta a manter a política de confiança mútua com a Bielorússia.

A UE e a China também planejam visitas mútuas frequentes de alto nível em breve. Os chineses acreditam que as divergências não devem impedir a China e a Europa de trabalharem juntas e encontrarem uma solução prática para a guerra na Ucrânia.

O presidente Lula também visitará a China daqui um mês. Ele se encontrará com Xi Jinping no dia 28 de março, em Pequim, com quem debaterá o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. E, ato contínuo, o mandatário brasileiro se reunirá com empresários em Xangai.

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Milhares de pessoas se manifestaram em vários países europeus contra o fornecimento contínuo de armas à Ucrânia. Especialistas dizem que as divisões dentro da União Europeia também podem levar a uma divisão dentro da OTAN.

Os protestos refletem o desalinhamento estratégico dos países europeus em relação ao conflito, o que pode ter consequências para os cidadãos desses países.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que não vê nenhuma perspectiva de negociações de paz no momento.

O “Manifesto pela Paz” publicado pelos organizadores da manifestação foi assinado por cerca de 650 mil pessoas. Além disso, a UE aprovou um décimo pacote de sanções contra a Rússia na sexta-feira, o que dificultará ainda mais a relação entre a Europa e a Rússia.