Chama o Cappelli, presidente Lula: intervenção civil no Rio já

O Rio precisa de comando coordenado, legal e competente, e Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança do DF em 8/1/2023, tem qualificação e lastro para liderar uma intervenção civil na segurança pública fluminense. Ele é carioca, conhece o estado, e mostrou firmeza republicana ao reorganizar, com prazos e metas, o sistema do DF após a tentativa de golpe.

A megaoperação dos dias 28–31 de outubro de 2025 deixou 121 mortos, a ação mais letal da história do país, sem reduzir a sensação de segurança, 52% dos fluminenses afirmam sentir-se menos seguros, embora 64% aprovem a operação. Dado esse quadro, “mais bala” não é sinônimo de segurança, é fracasso de gestão.

O Supremo não proibiu operações, impôs parâmetros, planejamento, restrições, ambulâncias, câmeras, preservação de cena e transparência, para reduzir a letalidade e proteger civis e agentes. Quando governos desrespeitam a ADPF 635, transformam favelas em “campo de guerra” e alimentam a indústria do espetáculo. Intervenção federal com critérios do STF é caminho para o Rio sair do ciclo de chacinas.

Chamar o crime de “narcoterrorismo” pode render manchetes, mas não tem base no direito brasileiro, e abre a porta para aventureirismos. O debate sério usa a lei e a inteligência, não slogans. Intervenção deve integrar PF, PRF, COAF, perícia independente e controle externo, mirando finanças e logística do crime, não pirotecnia.

O Rio já foi laboratório da extrema direita. Em 2018, surfando na política do medo, nasceram projetos que implodiram, Wilson Witzel (PSC) foi cassado por crime de responsabilidade, Walter Braga Netto (PL), condenado pelo STF por tramas golpistas, está preso, Jair Bolsonaro (PL) enfrenta condenação por crimes ligados à intentona de 2023, com decisão de 27 anos de prisão. Não dá para repetir a receita do caos.

O governador Cláudio Castro (PL) tenta capitalizar politicamente uma tragédia e terceirizar responsabilidades, enquanto dados revelam medo, insegurança e mais fragmentação institucional. O Rio precisa de liderança técnica, metas públicas, auditoria de letalidade, reconstrução de capacidades e serviços permanentes nos territórios. Sem isso, o “IBOPE do sangue” segue mandando na pauta.

Intervenção é medida excepcional, mas esta é uma situação excepcional. Cappelli tem biografia, origem e experiência para organizar a transição de uma política de espetáculo para uma política de resultados, operações com inteligência, fiscalização forte, perícia autônoma, responsabilização por abusos e ocupação social permanente. Chama o Cappelli, presidente Lula.

O governo federal deve liderar, com base na Constituição e nas balizas do STF, uma intervenção civil que substitua a lógica da chacina pela lógica da lei e da vida, e que exponha, com números, quem lucra com o medo. Chama o Cappelli, presidente Lula.

@esmaelmoraisoficial

Presidente, @lulaoficial Chama o @cappelli.ricardo para intervir naquela carnificina no Rio. Cappelli tem a experiência de 8/1, contra a tentativa de golpe de Estado. #intervenção #rio #cappelli #lula

♬ som original – Blog do Esmael

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