Campos Neto teme encontrar Gleisi Hoffmann, a musa da luta pelos juros baixos

O periclitante presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confidenciou a parlamentares bolsonaristas que teme encontrar-se com a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, uma das mais combativas críticas aos juros altos no país. Ela também vem reiterando o pedido pela cabeça do representante dos banqueiros.

Nesta quinta (27/4), por exemplo, Gleisi voltou a criticar Campos Neto.

“Essa história de que trocar a inflação por crescimento é ruim pra justificar os juros altos não cola. Claro que inflação alta prejudica os mais pobres, mas não ter emprego e renda é ainda pior. Não dá pra comprar nada sem isso. Com esse pretexto Campos Neto impede a geração de emprego e deixa a economia paralisada. Fora que a inflação no Brasil está caindo e é uma das mais baixas entre diversos países”, disparou ela.

Campos Neto, ao lado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), esteve no Senado hoje para debater expectativas inflacionárias e novo arcabouço fiscal. Foi quando ele teria confidenciado esse medo primitivo em relação à presidenta do PT. Um senador governista achou graça com a paúra do presidente do Banco Central e emendou: ele tem medo, mas não tem vergonha.

A reação de Gleisi foi à fala do presidente do BC, que disse no Senado entender que a inflação atinge de forma perversa as classes mais pobres da sociedade e que a instituição tem atuado de forma técnica, com um corpo de profissionais capacitado para buscar a estabilidade tanto de preços e do sistema financeiro “sempre com o menor custo de vida” para a sociedade. Embora faça do discurso do “técnico”, Campos Neto é um bolsonarista de carteirinha.

Por isso a dirigente petista marcou que a falta de emprego e renda é ainda pior que a inflação e desqualificou esse suposto discurso técnico do presidente do BC.

Economia

No entanto, no Senado, em nenhum momento Roberto Campos Neto sinalizou com a redução da taxa de juros. Pelo contrário. E isso alimentou novas críticas de entidades empresariais, enquanto banqueiros e economistas ligados à Febraban o defenderam com unhas e dentes.

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