Bolsonaro tenta acordo com WhatsApp e Facebook nesta quarta

► Bolsonaro disse que o trato pactuado entre o WhatsApp e o TSE é “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúne na manhã desta quarta-feira (27/04) com representantes da Meta, empresa de Mark Zuckerberg, que controla os aplicativos de internet WhatsApp e Facebook.

Bolsonaro luta pela liberação da criação de grupos no WhatsApp com milhares de pessoas antes das eleições em outubro, enquanto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acordou para que essa novidade somente seja liberada no país após o pleito vindouro.

O presidente da República, antes do feriado da Páscoa, disse que já tinha conversado com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, sobre a realização de um acordo com o WhatsApp.

Bolsonaro disse que se o WhatsApp pode fazer um acordo com o TSE também poderia fazer com ele [presidente].

– Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. (Ele) vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não? – afirmou na época.

Pedido feito, pedido atendido por Faria e pela Meta.

Economia

O ministro das Comunicações está trancado na sala presidencial com a turma de Zuckerberg. Eles pretendem celebrar um novo acordo em breve, à margem do tribunal eleitoral.

Durante uma motociata em São Paulo, no último dia 15, Bolsonaro disse que o trato pactuado entre o WhatsApp e o TSE é “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”.

Nos últimos anos, o Facebook foi acusado mundo afora de interferir em questões internas de vários países. O escândalo mais evidente foi o “Caso Cambridge Analytica“, empresa britânica que trabalhou na campanha de eleição de Donald Trump em 2016 e no Brexit – plebiscito realizado em 23 de junho de 2016, que tirou o Reino Unido da União Europeia.