O ex-senador Roberto Requião (PT), pré-candidato ao governo do Paraná, disse que é preciso ‘mudar o governo’ [tirar Ratinho Junior, o PSD] para resolver o problema na segurança pública no estado. A declaração dele foi dada em entrevista à TV Esmael, no Blog do Esmael, nesta quarta-feira (27/04). Abaixo, assista ao vídeo.
– Para consertar isso e fazer uma reforma estruturante é preciso mudar o governador, não adianta trocar o secretário de Segurança – disse Requião, referindo-se à troca de comando na Segurança Pública.
O agora ex-secretário Coronel do Exército Romulo Marinho Soares caiu dez dias após o ataque de criminosos em Guarapuava, quando o cabo Ricieri Chagas tombou em serviço. No lugar dele, entrou o delegado Wagner Mesquita, que já ocupou o cargo no governo Beto Richa (PSDB).
– Esse [Wagner Mesquista] já foi secretário e não resolveu nada – disse Requião, lembrando que nessa época os policiais empurravam viaturas da PM por falta de combustível.
– É preciso solucionar o mal pela raiz. E o problema é a falta absoluta de governo. É uma molecagem. Eles não têm competência alguma – afirmou. “Nós temos que afastar o Rato do governo”, repetiu.
Requião disse que o voto é a arma para revolucionar o Paraná e ‘mudar o governo’ na eleição de outubro.
Requião propõe campanha para promoção do capitão Ricieri Chagas, morto na defesa de Guarapuava
– Ricieri tem que receber promoção “post mortem” na PM e o valor do seguro de vida dos policiais precisa ser corrido – defendeu Requião.
O pré-candidato disse também que o governo precisa homenagear os policiais, que colocaram suas vidas em riscos para cumprir a tarefa que era da Secretaria da Segurança Pública.
Segundo Requião, a CPI da Segurança Pública, que foi batizada de CPI Ricieri Chagas, é importante, mas o fundamental é mudar o governo afastando Ratinho Junior.
– Os deputados gostam de queijo. Tem que levar queijo, numa bandeja, quando for visitá-los para pedir assinatura na CPI.
“Tem caroço no meio desse angu”
Requião, que já foi governador três vezes, disse que daria para resolver facilmente a demanda dos policiais civis e militares. Ele afirmou que daria para usar R$ 4,5 bilhões dos R$ 17 bilhões da renúncia fiscal secreta concedida a grandes empresários.
– Tem caroço debaixo desse angu – disse.
Também participaram da entrevista o delegado Antônio Simião, presidente do Sidepol, e o Subtenente Ribeiro, um dos coordenadores do acampamento de policiais militares em frente ao Palácio Iguaçu, há 78 dias, em Curitiba.
– Se eu fosse governador, eu já teria descido para conversar com os policiais – disse Requião.
Requião finalizou com seu novo mantra:
– O problema das polícias no Paraná não se resolve com a troca de secretário, mas apenas com a troca do governador.
Assista ao trecho da entrevista:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.