Bolsonaristas votaram favorável à PEC do Lula enquanto “patriotários” continuam em frente a quartéis

Nos corredores do Congresso Nacional, em Brasília, parlamentares de direita e esquerda observaram que “patriotários” continua acampados em frente a quartéis, em várias parte do país, enquanto eles [juntos e misturados] votavam favoravelmente à “PEC do Lula” – que também é chamada de “PEC do Bolsa Família” ou ainda “PEC da Transição”.

Desde 30 de outubro, há quase dois meses, apoiadores de Bolsonaro – chamados pelos críticos de “patriotários” – estão acampados em frente a quartéis, depois que eles foram proibidos pelo STF de bloquear rodovias em atos antidemocráticos.

Dentre os parlamentares bolsonaristas que votaram a favor da proposta do futuro governo Lula estão o ainda atual líder do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), o deputado Ricardo Barros (PP-PR), e o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que foi um dos principais esteios na campanha do derrotado.

Apenas três partidos declararam voto contrário à PEC da Transição na Câmara: PL, Novo e Republicanos. No entanto, houve dissidências. Dez dos 79 deputados do PL, partido de Bolsonaro, votaram com a proposta de Lula. [Confira abaixo.]

  • Bosco Costa (PL-SE)
  • Edio Lopes (PL-RR)
  • Flávia Arruda (PL-DF)
  • João C. Bacelar (PL-BA)
  • Josimar Maranhãozinho (PL-MA)
  • Junior Lourenço (PL-MA)
  • Júnior Mano (PL-CE)
  • Loester Trutis (PL-MS)
  • Márcio Labre (PL-RJ)
  • Wellington (PL-PB)

A Câmara aprovou a PEC do Lula, no segundo turno, por 331 votos a favor a 163 contrários.

Também contribuíram com votos para Lula MDB, PSD, União Brasil. Juntos com o PP, eles garantiram 144 votos [43,5%] favorável à PEC. Essas agremiações ainda sustentaram a aprovação no Senado.

Economia

A PEC da Transição (PEC 32/22) permite ao novo governo deixar de fora do teto de gastos R$ 145 bilhões no orçamento de 2023 para bancar despesas como o Bolsa Família, o Auxílio Gás, a Farmácia Popular, aumento real do salário mínimo, e outros.

Enquanto isso, nos quartéis da vida, os bolsonaristas continuam acampados – ao menos pelas próximas 72 horas – aguardando um sinal… Ocorre que Bolsonaro já puxou na semana passada a mudança do Palácio da Alvorada.

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