Assalariados e aposentados correm sério risco de não terem reajuste nos próximos anos

Por Arilson Chiorato, deputado e presidente do PT – PR

“Desindexação” do salário mínimo da inflação. O termo é complicado, mas a proposta do ministro da economia de Bolsonaro, seu Paulo Guedes, é bem simples de entender: querem congelar o salário mínimo. Se em quatro anos, o salário mínimo não teve aumento real, só a recomposição da inflação, que é lei, imagine se não for mais. Você acha mesmo que vão aumentar o salário mínimo? Não vão. Caso esse plano macabro seja aprovado, vamos ver a pobreza se alastrar ainda mais por todo o Brasil.

Caso consigam “desindexar” o salário mínimo da inflação, falando o bom e velho português, passando a vincular à “meta da inflação”, que é nada mais do que uma previsão realizada dentro de um prazo de três anos, o salário mínimo pode ficar acima ou abaixo da inflação. Na prática, sabemos o que vai acontecer. O salário, que já é pequeno, vai ficar defasado, não acompanhando sequer a alta dos preços dos produtos e dos serviços.

A verdade é que nem Paulo Guedes e nem Bolsonaro servem para comandar a política econômica que incide sobre milhões de brasileiros e brasileiras, porque não se importam com as pessoas, e sim com a bolsa de valores. O salário de trabalhador não é compra de ação, onde você escolhe se o índice vai ser definido por renda fixa ou variável. O salário do trabalhador é sagrado e tem que ter, no mínimo, a reposição da inflação garantida.

Uma pesquisa publicada pelo economista Eduardo Fagnani, pesquisador da UNICAMP, chegou à conclusão de que caso esta proposta seja colocada em prática, afetará mais de 72 milhões de brasileiros. Entre trabalhadores ativos, aposentados, pensionistas e pessoas que recebem benefícios do INSS.

Não se pode mexer com a vida das pessoas desse jeito, sem qualquer responsabilidade. O que o trabalhador precisa é de segurança para poder dar conta dos compromissos que tem. Mas além da segurança, que é a reposição pelo menos da inflação, os trabalhadores precisam de um presidente que tenha compromisso com o AUMENTO REAL do salário.

Economia

Lula é essa segurança, mas Lula também é a esperança de que o salário vai crescer, e ele já provou antes que é possível. Aumentar o salário para o povo comer melhor, viver melhor e com dignidade.

Os brasileiros não podem ser tratados como número, os brasileiros devem ser tratados como gente, gente que mora, que se alimenta, que estuda, que trabalha, que quer andar bem-vestido pra ir à Igreja, que quer poder curtir um cinema ou um jogo de futebol.

O Brasil quer voltar a sorrir, o brasileiro quer voltar a ter dinheiro no bolso, comida no prato e tranquilidade de estar com as contas em dia.

Por isso, no dia 30, é Lula, é 13!

*Arilson Chiorato, deputado estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR. Líder da Oposição na ALEP. Presidente da Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB e PV) no Paraná.

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